Quando era pequena tinha medo do cemitério, um terror infantil. O ambiente lúgubre, as sepulturas, e o preto como cor dominante, causavam-me náuseas. Fazia birras, chorava e recusava-me a entrar. Em adulta, vi partirem alguns familiares e amigos. Nestes momentos, perante a fragilidade das palavras prefiro emudecer, e permanecer imóvel, com receio de profanar algum espaço sagrado. Agora na velhice ando ali na maior da descontracção. Sei o local onde repousam os meus, e os outros. Esgueiro-me pelos atalhos com uma destreza invulgar, sem o medo do passado, mas sabendo que futuro é ali. A verdade, verdadinha, é que sorrateiramente já ando a escolher o meu lugar.
Com a ampliação do cemiterio vai ficar bonito e há muitos lugares para escolher.
ResponderEliminarEstá a ficar bonito sim senhor. A parte nova até tem vista para o mar.
ResponderEliminareu acho que a parte com vista para o mar e mais cara, e que vista panoramica sobre as ilhas é jet e não é para qualquer pé rapado da aldeia.será que esses novos espaços tem tudo incluido? como comida, bebida, golfe, passeios a cavalo etc..
ResponderEliminarcromo