sábado, 30 de março de 2013

Pechão 1 – Montes Alvorense – 1 (interrompido)








Só a vitória interessava aos M. Alvorense, e foi o que procuram com uma pressão alta quase asfixiante. Uma escorregadela do Valdir em zona vermelha deu golo, e a pouca profundidade ofensiva, pôs a bancada nervosa. Mas, o treinador tinha o plano de jogo bem definido e nunca o alterou. Nem em função do golo sofrido nem dos nervos dos adeptos. Apenas, lhe conferiu outra dinâmica, com a entrada estratégica do Nuno. Rapidamente começou a provocar desequilíbrios, e a quebra física do adversário (pressionar como se não houvesse amanhã, mais cedo ou mais tarde acabas por dar o estouro) deu-lhe o espaço que ele adora.

Depois, quando o Pechão estava por cima, (a jogar 5x4) e esperava-se pelo golo, chegou a chuva dentro do Pavilhão, e acabou com jogo.

Incrível como há tantos anos, as mentes brilhantes que e o administraram e administram sabendo que o telhado necessita de ser reparado não mexeram uma palha. E mais não digo porque estou bem-disposta; acabei de tirar os folares do forno e um brandeirinho com chouriça caseira. Está a arrefecer à minha espera. 

quinta-feira, 28 de março de 2013

Profissional das palavras




Goste-se ou não, o homem é uma estrela da política. Faz o que quer das palavras, molda-as a seu jeito como se estivesse a brincar com plasticina. No momento apropriado atira-as violentamente aos seus adversários com a precisão de um sniper e, entre subtilezas e interpretações subjectivas esquiva-se habilmente às que não lhe convém. Desmonta e enreda qualquer argumento por mais sustentado que seja com a mestria de um especialista em desactivar bombas. Quando lhe apontam o dedo, enrola-se e contra-ataca perfurante como o ouriço quando sente o perigo. Defendeu-se, atacando.
Mas por muito requintada e brilhante que tenha sido a sua  actuação convém lembrar que -, nem todas as estrelas indicam caminhos.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Os ciclos do Festival do Folar


O Festival começou na Fonte Nova, tendo como pano de fundo o poço da amendoeira e o lavadouro. O enfoque essencial era o concurso de folares, abrilhantado por música popular e folclore. Ano após ano o sucesso foi contínuo até que, o recinto tornou-se pequeno para os visitantes, o estacionamento insuficiente para os carros e, o cheiro amargo do esgoto incompatível com o aroma adocicado dos folares.

Com a  mudança para o Polidesportivo, perdeu-se a fórmula da Lígia, mas encontrou-se a receita para os cofres do Clube. A venda de folares tornou-se um sucesso. As mudanças são regeneradoras de esperança e devem ser aproveitadas, mas um conceito diferente (novo) acarreta algumas vezes situações que não foram antecipadas, e o bom senso aconselha a não ignora-las.
Ontem, nuvens plúmbeas amedrontaram as pessoas que tinham intenção de ir, e um órgão a debitar sons estridentes, afugentou as que lá foram. Escangalharam o Festival. Foi pena.
 
 

segunda-feira, 18 de março de 2013

Gaspar o inteligente




Sei que o Gaspar farto do campo e do ócio, desce frequentemente ao centro da Aldeia e instala-se num lar de acolhimento, onde usufrui de mordomonias e miminhos extras. Em questões de xixi e cocó é muito prático, e alivia-se sem preconceito onde der mais jeito. Mas como cada casa tem o seu preceito, está a levar exaustivas lições de etiqueta. Já me garantiram que um dia, ainda o vamos ver a comer de faca e garfo.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Desalento

Pior que censurar o governo anterior, ou criticar o actual, é não acreditar no próximo. Sinceramente, não vislumbro nem à direita nem há esquerda, alguém desempoeirado que nos tire deste buraco e nos empurre para a frente. Ter opções e não acreditar nelas é mais que um problema, é uma tragédia. 

Pechão 3 – Boliqueime -2


No bota–fora ganhou a equipa mais inteligente.

O Pechão foi uma equipa na verdadeira acepção da palavra. Com a estratégia perfeitamente assimilada, princípios bem definidos,agressividade defensiva, jogadores solidários e uma enorme disciplina táctica. Uma vitória da organização e do colectivo. Muito trabalho de casa e carradas de competência dos treinadores.

Destaques

Ivan – Foi a alma da equipa. Agressivo, rápido, e empolgante. Exala entusiamo por todos os poros, contagia a equipa e a assistência. Ser capitão ajuda-lhe a moderar os excessos, e confere-lhe legitimidade para fazer o que gosta: motivar. Alem disso, tem um braço elegante e a braçadeira assenta-lhe bem.

Valdir – Não dá muito nas vistas, mas fez um jogo impressionante. Foi o coração da equipa e esteve sempre em ligação directa à mente do treinador. Sempre no sítio certo, ora na contenção, na cobertura ou a conferir equilíbrios. Tomadas de decisão acertadas (a assistência para o 2º golo é um regalo), inúmeras recuperações de bola, mas sobretudo, umagrandeconcentração competitiva.Por momentos, tive a sensação que tinha sido abençoado pelo Dom da ubiquidade.

Alexandre – 17 aninhos, e já está um nível acima de muitos, na forma como controla a ansiedade e dribla a pressão. Já percebe o jogo e as ideias do treinador, melhorou imenso nas transições defensivas. Tem de habituar-se à velocidade do jogo e aprender a travar o excesso de entusiamo, consequência disso, perdeu algumas bolas em zona proibida que desequilibraram a equipa.A boa organização da equipa potencia as suas qualidades. É elegante a movimentar-se mas, quando a bola lhe chega aos pés: é classe e mais classe.

sexta-feira, 8 de março de 2013