segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Afinal, o que os separa?



Não lhes reconheço, extravagâncias, ódios de estimação ou algum descarrilamento inoportuno. São trigo limpo, sem joio nem rabos-de-palha. Podiam perfeitamente fazer parte de uma Candidatura conjunta. O rigor da Sónia, a experiência do Vladimiro, o conhecimento do Paulo, e o entusiamo do Herlander são atributos que coabitam na perfeição, enlaçados numa característica que muito aprecio: a discrição. 

Pura utopia. Cada um representa uma ideologia política, e isso, parece ser uma incompatibilidade latente. Nas Legislativas, os Partidos são a essência da Democracia, mas nas Autárquicas, especialmente em pequenas Freguesias como Pechão, os Partidos só atrapalham.

Então, querer as valetas limpas e os caminhos transitáveis, é ser-se de esquerda ou de direita? Semear um pouco relva e plantar algumas árvores para embelezar a Freguesia, é característica dos liberais ou dos conservadores? Desenvolver e apoiar actividades na Cultura e no Desporto, é apanágio do centro – direita, ou do centro - esquerda? Querer requalificar a Zona Ribeirinha é conotado com que ideologia politica? Faz algum sentido catalogar e complicar o que é óbvio?

Os candidatos tratam-se por tu, convivem quase diariamente, e alguns até são amigos. Podem não simpatizar com a cor política de cada um, mas a ideia de dotar a Freguesia de mais estruturas e, consequentemente dar mais qualidade de vida às pessoas tem que ser, e deve ser, mais forte que uma mera divergência ideológica, que para o caso, não passa de um acessório. Então, se todos estão unidos no essencial, afinal o que os separa?