quarta-feira, 30 de junho de 2010

Artistas de Pechão

Vladimiro Guerreiro
Suzana

Rosinda

Paulo Santos

Mariete

Mafalda
Filomena
Carla Quinta

Benedita

Cidália
Esperança

Fátinha (ponto cruz)
Em exposição na sala do C.O.Pechão

domingo, 27 de junho de 2010

Marcha três gerações


Ao longo dos anos sempre considerei a marcha de Pechão, uma das mais talentosas. Este ano mais uma vez, gostei do que vi mas, estranhei o que ouvi: “Clube Oriental e Desportivo de Pechão” Desportivo?
A princípio pensei ser a minha diminuta audição a pregar-me uma grande partida. Mas, mais atentamente e auscultando a minha vizinha, confirmei a gaffe e o meu desapontamento. É difícil de imaginar como antes da estreia, tantos ouvidos afinados não tenham ouvido, o estrondo de um camião de ignorância atropelar o nome do Clube.
Talvez por distracção, excesso de concentração ou, será que o vírus da indiferença contaminou tanta gente?
Talvez esteja a ser um pouco exagerada e injusta mas, também é verdade que fiquei um pouco indignada. Afinal, nada que não seja ultrapassado com, serenidade, paciência, e espírito desportivo.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Eu, no Nº 11 sem fotos nem boleia


Uma trilogia encantadora de amores e desamores. Suave, entre o sorriso e o riso, sem desbocar na gargalhada, que os dentes (ou a falta deles) não são para exibir. O pinga -amor do Henriques numa declaração à moda antiga, ajoelhado, emocionado, com o anel numa mão e o coração na outra. Enviando mensagens escritas em papelinhos, mandando às urtigas as novas tecnologias e o marido da amada. Uma maldade o rapaz não aparecer e ficar apenas no nosso imaginário. Uma personagem mistério. E como as mulheres gostam de mistérios.

Mas tudo se transforma ao entrar em cena a filha da D. Maria do Rosário. A sala ganha vida e a Inês embalagem para uma representação fantástica. Diálogos de pura crueldade que, por estarem tão próximo da realidade até arrepiam. Esteve soberba a filha desnaturada.

Enquanto no final desfilavam elogios e aplausos aos artistas, procurei um vizinho que me desse boleia para casa. Mas a tempo de ouvir dizer que o desempenho dos artistas tinha sido bom. Discordo. Provavelmente estavam a economizar um superlativo: a prestação dos artistas foi muitíssimo boa.Sem complacência. Não vislumbrei nenhum vizinho na sala. Que jeito que dava se o Henriques aparecesse agora

Nota – Devido à proibição de recolha de imagens, não é possível apresentar uma foto que ilustre o post e que fique para memória futura. Assim, fica o e-mail desimpedido e o espaço reservado para um(a) candidato(a) a paparazzi.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

O Jogador


A minha neta chegou-me com a foto do cartaz e com uma pergunta: afinal o que tinha o Netinho de especial como jogador?

Para os que conheceram o Netinho como jogador de Futebol de Salão ninguém tem duvidas. Foi o melhor jogador que Pechão viu nascer. Para explicar aos mais novos as suas características, podemos fazer uma analogia com os craques da actualidade. Assim, possuía uma boa dose do repentismo e genica do Nuno Granja e, a técnica e inteligência do Jorge Vale, seu sobrinho-neto. A potência e a precisão do remate, não se podem comparar. Porque é incomparável.

E, isso chegou para fazer dele o melhor jogador? Perguntam os mais cépticos.
Chegou, porque a relação dele com a bola e com o Clube foi como um romance, em que a personagem vive um amor forte demais e, coloca a pessoa amada acima de tudo e de todos e, além do remate com marca registada, tinha o melhor do Nuno e do Jorge, só que… em dose dupla.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Ana Cabecinha em La Coruña - Espanha


Após uma excelente participação nos Campeonatos Ibero-Americanos onde conquistou a medalha de Ouro no início do mês de Junho em Espanha, e de um óptimo 8º lugar na Taça do Mundo de Marcha em Chihuahua (México) volta agora a competir numa competição internacional de grande nível Mundial. A marchadora Ana Cabecinha do Clube Oriental de Pechão, participa assim no próximo sábado, dia 19 de Junho no GP Cantones de La Coruña (Espanha), última prova Challenge Mundial de Marcha (IAAF) antes da Final, recorda-se que é um dos objectivos da atleta para a presente época, a participação na final do Challenge a ter lugar no dia 18 de Setembro na cidade chinesa de Pequim, só tem acesso à final as 8 melhor atletas mundiais, a Ana Cabecinha ocupa presentemente a 6ª posição com 16 pontos.



A participação da Ana Cabecinha em La Coruña visa a melhoria de forma para o principal objectivo da presente época o Campeonato da Europa, a ter lugar no final de Julho em Barcelona, a atleta vai encontrar na Galiza um lote muito bom de atletas de 10 países, entre as quais atletas das grandes potências da marcha mundial, como a China, Japão, Espanha, Austrália, e a Irlandesa vice - campeã Mundial de Berlim.

Pechão – 16 de Junho de 2010 / C.O. de Pechão

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Nova vaga

Sócios - 3€ | Não Sócios 3€ 

Estou ansiosa por conhecer a nova vaga de actores e actrizes de Pechão. Se tiverem o talento e a simpatia destes, aliado à vontade e empenho destes, então estaremos, não à porta nº11, mas à porta do céu.
Assim, a saúde e a boleia não me faltem e, Domingo lá estarei na primeira fila. Atenta aos diálogos e às personagens. Mas também, ansiosa por cruzar-me com desconhecidos e tagarelar com os amigos.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Por via indirecta

O local preferido da Tia Mariazinha Pardala era a soleira da porta. Alvo fácil para os tagarelas e apetecível para os mendigos. Para matar a fome, o cansaço, e o vício de pedinchar, a jovem Cavaca (Cigana) com a filha Salamita ao colo, (em fase de amamentação) pediu à Tia Mariazinha, meia dúzia de batatas e um punhado de feijões. Conhecendo-lhe as manhas, e adivinhando-lhe o pensamento, trouxe-lhe também um copo de água.
Depois de dois golos de água e dois dedos de conversa, antes de partir, como último desejo, pediu um ovo para a menina que estava constipada. Pequena de estatura, mas de coração grande, a Tia Mariazinha deu-lhe o ovo, e as melhoras para a filha. A Cavaca, com a perícia adquirida pela força do hábito fez-lhe um orifício e sorveu-o num ápice.
Incrédula, perguntou-lhe: “então disseste que o ovo era para a menina?”
Resposta rápida e concisa: “Pela teta o vai, Tia Mariazinha, pela teta o vai”.

Foto gentilmente enviada pelo Vladimiro Carromba, bisneto da Maria Pardala e neto da Bia Pardala (na foto).

sexta-feira, 11 de junho de 2010

O acordeonista

Independentemente do que se possa ler nas entrelinhas, os comentários do Lizard, sempre demonstraram maturidade e inteligência. Hoje, com elegância, decidiu brindar-nos com uma história de vida, vivida ao ritmo do badalo das ovelhas e da melodia do acordeão.

A fim de dar uma ajuda na divulgação de Pechão, e dos Pechanenses, trago-lhes aqui o rosto e a história de um homem de Pechão, que foi muito popular nos anos 20´,e30, do século passado, abrilhantando bailes, mastros e escarapelas, com o seu "fole" (acordião).
Seu nome - João Custódio. Nasceu em vale de gralhas, em 1900 a sua mãe era cega, mas fazia todo o trabalho doméstico, e ia às compras a Olhão, na sua burrinha russa, que tinha cruise control. Seu pai era pastor, e possuía um pequeno acordion de que não se sabe a origem, mas que costumava tocar enquanto as ovelhas pastavam. O pequeno acordion, era o fascínio do João, andava afito para lhe tocar, mas o respeito do pai falava mais alto, mas um dia encheu-se de coragem, pegou no instrumento e tirou-lhe algumas notas, quando o pai chegou a casa, aproximou-se do João mas ao contrário do que ele receava, não lhe ralhou, e até gostou das notas que o seu pequeno tocava, achou que ele tinha jeito para a música.

A partir daí o João estava encantado em menos de um foguete, aprendeu todas as marchinhas, passe dobles, tangos e corridinhos, aos dezasseis anos comprou um "fole" profissional em segunda mão e tocava em tudo o que era baile. E em especial no do Manuel João Calé.

Lizard

segunda-feira, 7 de junho de 2010

O acrobata

Por esta não estavam vocês à espera. A rapaziada infestada de rugas e cercada pela gordura e pelos netos, esboça um sorriso, rebobina o filme da vida e, começa a recordar-se. Construtor de engenhocas, acrobata por natureza e, espírito livre por convicção. Um artista multifacetado.

Assisti no Montarroio ao primeiro espectáculo do Mateus Paisano, na primavera de 1944. No final, extasiada, perguntei-lhe como é que conseguia equilibrar-se sem cair. Respondeu-me com um sorriso e atirou-me um encolher de ombros.

Embriagada com a novidade e toda a complexidade perdi a noção da realidade e, enquanto o artista seguia para a Venda do Pereirinha, eu subia a geringonça. Cheguei a meio. As mãos perderam as forças e os pés os apoios. Fiz duas piruetas e bati com as costas do chão. Ganhei uma colecção de nódoas negras, as gargalhadas da assistência e duas lamparinas do meu pai.

Faço uma vénia ao leitor anónimo que enviou estas fotos. Um achado. Muito obrigada.

sábado, 5 de junho de 2010

Cabecinha de Ouro

Ana Cabecinha conquistou a Medalha de OURO na prova de 10.000mt marcha nos Campeonatos Ibero-americanos, que decorreu em San Fernando (Cádis), no sul de Espanha.

A prova decorreu num ritmo muito activo, com uma elevada temperatura (cerca de 28ºC e 70% de humidade), após o tiro de partida formou-se um grupo de cinco atletas, as duas Espanholas (Júlia Takacs e Lorena Luaces), as duas Portuguesas (Ana Cabecinha e Inês Henriques) e a Venezuelana Milanggela Davila, foi Inês Henriques que liderou a prova até aos 3km num ritmo muito elevado para as condições climatéricas existentes, dai para a frente a Espanhola Takacs não largou mais a liderança da prova até cerca de 350 metros da meta, passando a meio da prova em 21.39 apenas as três atletas que viriam a conquistar as três medalhas.

Após intenso despique com a espanhola Julia Takacs, que chegou a estar isolada na frente com cerca de 30 metros, Ana Cabecinha, com um forte final, destacou-se para ganhar em 43:31,21 minutos, contra 43:35,50 da atleta espanhola e 44:31,27 de Inês Henriques, que cedeu bastante na parte final.

“Não estava à espera desta classificação, muito menos deste tempo final, o nível das atletas presentes era muito elevando, mas sentiu-me bem, acompanhei sempre a Espanhola e após ter tentado isolar-me por volta dos 8.000mt onde não consegui, reservei-me para a última volta, e ai a cerca de 350 mt da meta ataquei muito forte até à meta para conquistar assim a minha 2ª medalha de Ouro neste Campeonatos, estou muito contente com este triunfo” referiu a atleta após cortar a meta.

A marca de Ana Cabecinha supera o recorde dos Campeonatos por quase 51 segundos, sendo a sua 2ª marca pessoal de sempre e a 3ª Portuguesa de todos os tempos, tornando-se assim na segunda atleta a vencer duas vezes a mesma competição na história dos Campeonatos Ibero-americanos, até agora só a Mexicana Francisca Martínez em 92 e 94.

Recorda-se que a atleta do Clube Oriental de Pechão já tinha conquistado duas medalhas anteriormente nesta competição, em Huelva – Espanha 2004 conquistou a medalha de Prata e em Ponce – Porto Rico 2006 conquistou a medalha de Ouro.

Pechão – 06 de Junho de 2010
C.O. de Pechão
Editado

A pata do Assunção. Ou será pato?

quarta-feira, 2 de junho de 2010

XII Rock da Ribeira


Está decidido. Vou levar uma saia rodada que combina na perfeição com um velhinho mas confortável camiseiro de popeline que, a Domitília me fez há uns anitos. Apoiada nuns apropriados sapatos de lona, comprados na loja de um simpático Chinês em Olhão. Só me falta comprar o respectivo bilhete. Estou entusiasmada, mas em contrapartida receio por algum imprevisto, como no ano passado.