quarta-feira, 23 de junho de 2010

Eu, no Nº 11 sem fotos nem boleia


Uma trilogia encantadora de amores e desamores. Suave, entre o sorriso e o riso, sem desbocar na gargalhada, que os dentes (ou a falta deles) não são para exibir. O pinga -amor do Henriques numa declaração à moda antiga, ajoelhado, emocionado, com o anel numa mão e o coração na outra. Enviando mensagens escritas em papelinhos, mandando às urtigas as novas tecnologias e o marido da amada. Uma maldade o rapaz não aparecer e ficar apenas no nosso imaginário. Uma personagem mistério. E como as mulheres gostam de mistérios.

Mas tudo se transforma ao entrar em cena a filha da D. Maria do Rosário. A sala ganha vida e a Inês embalagem para uma representação fantástica. Diálogos de pura crueldade que, por estarem tão próximo da realidade até arrepiam. Esteve soberba a filha desnaturada.

Enquanto no final desfilavam elogios e aplausos aos artistas, procurei um vizinho que me desse boleia para casa. Mas a tempo de ouvir dizer que o desempenho dos artistas tinha sido bom. Discordo. Provavelmente estavam a economizar um superlativo: a prestação dos artistas foi muitíssimo boa.Sem complacência. Não vislumbrei nenhum vizinho na sala. Que jeito que dava se o Henriques aparecesse agora

Nota – Devido à proibição de recolha de imagens, não é possível apresentar uma foto que ilustre o post e que fique para memória futura. Assim, fica o e-mail desimpedido e o espaço reservado para um(a) candidato(a) a paparazzi.

2 comentários:

  1. Parabems aos actores e ao Afonso Dias.
    Pechão, já tinha saudades duma boa peça de teatro.

    Obrigado

    Osvaldo Granja

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  2. é bom voltar a ter teatro em pechão, mas essa de os forasteiros pagarem o mesmo dos sócios é que não percebi

    ti joão

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