sábado, 23 de janeiro de 2010

trabalho & sofrimento

Encontrei a Carminha. Bastou um olhar e duas palavras de circunstância. Foi o suficiente para precoces lágrimas inundarem um rosto que não mente. Está lá tudo. O culto da labuta árdua sem regras. As sobrancelhas tisnadas do fumo de mil fornadas de pão, afloram a pele queimada, acasalada ao sol inflamado das salinas silenciosas.Num tempo ensombrado. Os sinais de tristeza são facilmente decifráveis, e os cabelos esbranquiçados não disfarçam as marcas da saudade. O tamanho do coração vê-se nos olhos inocentes, escondidos em pálpebras pregueadas. Vazios de luz, e de esperança.
23/03/2008

2 comentários:

  1. Bem hajam todas as Carminhas deste mundo.
    Mulher duma vida dura, passada sempre ao lado do seu e do nosso Joaquim de Brito Belchior, para quem não sabe o lendário Prega Saltos.
    27 de Março de 2008 21:05

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  2. lembro-me bem dela a assar castanhas á porta do Clube.

    Ti João

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