sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Má forma

Depois de três meses a enferrujar, devido ao calor e à preguiça, hoje de manhã voltei às caminhadas. Acompanhada da minha vizinha e de uns quilos que não pedi, enveredei pela vereda da baixa do Fantosga. Infelizmente, bastaram cinco minutos a passo de caracol, para ficar com as pernas em chumbo, o coração nas mãos e os pulmões na boca. Na ânsia de olear as articulações e actualizar informações, constatei o obvio. Estou velha.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

“Pechão está bem vivo e recomenda-se!”

Custódio Moreno, Presidente da Junta de Freguesia de Pechão.

Em entrevista ao JA, Custódio Moreno quer que Pechão seja reconhecido como um destino de referência, uma terra promissora e que luta com garra para manter a sua identidade.

Jornal do Algarve – A Freguesia de Pechão tem provado ter um grande potencial humano e associativo. Essa é a grande força desta freguesia interior de Olhão?

Custódio Moreno- Nos últimos anos temos apostado fortemente numa política de parcerias, vinculada através da assinatura de protocolos com as mais diversas associações e inúmeras entidades concelhias e regionais, agentes económicos e todos os movimentos que possam atrair mais-valia para Pechão, onde incluímos a Geminação com Morangis.
Um excelente exemplo da nossa dinâmica são as inúmeras valências concentradas no edifício da autarquia, nomeadamente: Posto de Correios, extensão do Centro de Saúde de Olhão, Gabinete de Aconselhamento, Espaço Net, a Ludoteca. Temos ainda acordos com os Ministérios das Finanças, do Emprego e da Segurança Social, uma pequena loja do cidadão que facilita muito a vida dos pechanenses.

JA – Quais os grandes desafios e projetos a que pretende responder a curto e médio prazo na freguesia?

CM – O nosso grande desafio passa por consolidar o trabalho nas áreas da Educação, da Ação Social, no apoio aos jovens e aos idosos. Por outro lado, a requalificação de equipamentos e de vários espaços da freguesia. Queremos continuar a dotar Pechão de uma rede viária de excelência e expandir as redes de saneamento a todos os cantos da freguesia. No próximo ano, vamos concluir a edificação da Casa Museu e da Galeria de Arte, ex-líbris para podermos receber quem nos visita e, ao mesmo tempo, preservar as nossas raízes.
Vamos edificar um Parque Infantil, um Parque de Merendas e um Espaço Aventura. Estas duas últimas obras já têm o projeto aprovado. Até ao final do mandato, queremos iniciar as obras de requalificação urbana da Ribeira de Bela Mandil. Ampliámos o cemitério e vamos fazer o parque de estacionamento.

JA – Qual a estratégia para trazer mais dinâmica à freguesia?

CM – Acreditamos claramente no turismo social como forma de promoção e desenvolvimento sustentado. A aposta passa por fazer desta terra um destino de referência, promovendo um conjunto de acontecimentos, com destaque para os programas de Animação de Verão, Natal e Ano Novo. O Festival de Folclore, Noites de Fado, Noites de Teatro, Cinema ao Ar Livre, e o Rock na Ribeira são algumas das iniciativas que todos os anos organizamos e que vamos reforçando com mais propostas de maior qualidade, fidelizando os pechanenses a participar e procuramos atrair novos públicos. Deste modo, projetamos cada vez mais Pechão. As Festas Tradicionais de Pechão, o Corta-Mato do Algueirão, as Comemorações do 25 de Abril são bons exemplos das nossas parcerias com o associativismo local e que mostram como Pechão está bem vivo e recomenda se!
[publicada na edição papel do Jornal do Algarve de 21 de Outubro de 2010]

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Aquele olhar

Alheio ao fotógrafo e à posse, o Tio João, aproveitou a precisão do silêncio para ver e reter todos os pormenores da ginga. Atento ao momento e ao encantamento, o Emiliano olha embevecido, revelando um esgar inocente e um coração do tamanho da pala do boné.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Geração sofredora

Tia Albertina
Irreversível. Indiferente à velhice que lhe consome o corpo e atormenta a alma, continua a empurrar o carro de mão, cada vez mais perro, cada vez mais pesado. Não pelo peso, mas pela escassez de força. Ouve-se o ranger encarquilhado das rodas, e dos ossos, a pedir outro vigor que nunca surgirá. Curvada, passos lentos, enleados no cansaço e no sofrimento. Entre esgares de dor, prefere a resistência à abstinência. Tem sobrevivido entre alarmes, abismos, e demónios de juras falsas. Uma vida difícil. Cruel. Quem lhe apaga a dor? Quem lhe ressuscita o sorriso?

sábado, 9 de outubro de 2010

Quando os maus exemplos vêm de cima

Olhão é a pior câmara a pagar.
De acordo com a DGAL, no final do segundo trimestre deste ano havia sete municípios do Algarve com prazos médios de pagamento superior a 90 dias.
Olhão é a autarquia da região que surge em pior posição, com 274 dias. A situação tem vindo a agravar-se desde finais de 2008, altura em que demorava 59 dias a pagar.Correio da manhã 08/10/2010.Aqui.

Quando os políticos apenas olham para o seu umbigo, os juízes para o lado, e as autoridades observam impotentes, quem olha pelo povo?

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Também sou contra

(...Deste o tempo dos Fenícios e Visigodos, fez-se uma estrada que liga a foz do Guadiana à do Gilão, e desta para a da Ribeira do Pechão e daqui para a do Rio Seco e a seguir para a de Quarteira...) Inês Correia
Ler texto completo aqui.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

As três gémeas

Foto - Danilo da Quinta

Que é feito delas?

Tão jovens. Quem não sente uma vontade enorme de ceder um afago ou apenas um miminho? Não sei os seus nomes, nem o porquê de serem três. Nunca lhes dirigi palavra, mas pelo aspecto parecem-me ainda imberbes. Ao contrário do que consta por aí que, há quem fale com as árvores, jamais ouve um sinal ou uma aproximação da minha parte. Uma rega, afofo de terra, ou um expurgo de ervas daninhas. Apesar disso, dos predadores e dos imprudentes, vão-se avolumando e subindo na vida.
Crescem e apareçam. Talvez um dia, se eu ainda me encontrar por cá me protejam do sol, com uma  sombra frondosa e fresquinha.Portanto meus amigos, se virem uma velhota embasbacada a olhar para as três gémeas, não façam troça. Provavelmente serei eu.

Editado - 06/10/2007