segunda-feira, 8 de novembro de 2010

No Domingo de manhã...

...enquanto esperava pela Cristina, entretive-me a olhar para os apartamentos dos moradores (com algumas excepções) que fazem de Pechão um dormitório. Não ouvi  pio, nem vi vivalma. Nenhum sinal de vida.Portas e janelas fechadas, não vá uma fresta encaminhar um ruído ou, uma nesga de sol, para um despertar indesejado. É que resgatar as horas de sono extraviadas e, recuperar a fadiga acumulada, não se compadece com o chilrear dos passarinhos nem com a beleza do pôr-do-sol. Um sono tranquilo e despreocupado, funciona como uma doce vingança à ditadura do relógio. Até a Rua 25 de Abril contagiada pelo sossego, sem acção nem circulação, permanece em silêncio. Tal como os nossos vizinhos, parece descansar ou, ganhar novo alento para os dias de frenesim que se seguem.

1 comentário:

  1. Bonitas essas casas! só é pena que não se veja vida nelas! nem uma sombrinha no parapeito,nem uma flôr num alegrête, nem uma criança a brincar na varanda, até parece surreal.

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