quinta-feira, 20 de junho de 2013

Apressar o fim


 
«Um terço dos doentes com mais de 65 anos deixou de tomar medicamentos ou toma-os de forma mais espaçada por não ter dinheiro para os comprar.
Outros 30% dos portugueses reduziram as idas ao médico por causa do custo das taxas moderadoras. A conclusão é do relatório Observatório Português dos Sistemas de Saúde.» Aqui.

Sempre pensei que a politica e o humanismo podiam coabitar. Afinal estava enganada. Esta noticia expõe o que de pior têm os governantes. Insensibilidade. Os medicamentos são tão imprescindíveis para os idosos como o pão para a boca, e os médicos funcionam como uma ponte de esperança que separa a vida da morte. Retirar-lhes isto, é como ir  progressivamente reduzindo  o oxigénio a um doente, apressar o inevitável.
 Enquanto somos ativos e contribuintes o Estado suga-nos até ao tutano em impostos deixando-nos  a pão e água, para depois quando aposentados, frágeis e vulneráveis, tira-nos o pão e empurra-nos da ponte.
 

Sem comentários:

Enviar um comentário