segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Falta de açúcar

Foto e receita dos beijinhos. aqui.

O meu primeiro encontro com o açúcar foi no tempo dos beijinhos, que a Sra. Cristiana (avó do Danilo) vendia na mercearia. Brancos, cor-de-rosa, ou azuis, derretiam-se mal os colocávamos na boca, e deixavam um doce desejo de outro, e mais outro. Uma guloseima.Como os beijos de verdade.

Lembro-me que foi no tempo em que Portugal, estava mais interessado em África do que na Europa, que senti verdadeiramente a falta do açúcar, da farinha e do arroz. As famigeradas senhas de racionamento foram um autêntico passaporte para a fome, para uns, e um salvo – conduto para o enriquecimento de outros.

O Natal aproxima-se e as trutas e filhós estão em risco. Razão tem a minha vizinha quando diz: “Vivemos tempos amargos e a falta do açúcar, não augura nada de bom”. Pois não, pelo menos para mim: coloridos ou a preto e branco, doces ou amargos,os beijinhos acabaram.

3 comentários:

  1. Óh D.Arlapa!

    Não deixe acabar os beijinhos! se não os obtem reais, recorra aos imaginários, nunca falha! uma noite destas imaginei que a Julia Roberts, me estava dando beijinhos, então e não é que no dia seguinte, a minha tensão arterial, estava optima, os meus diabetes sob control, o acido úrico desapareceu, o colesterol evaporou-se, e as rugas ficaram menos profundas. Com uma imaginação fértil, todo o ser humano é um Deus!
    Quanto ao açúcar, isso não é mais que um golpe dos açambarcadores,para surriparem mais uns cobres!
    ou então foi o Raúl de Castro que resolveu fazer greve no corte da cana, para ver como o capitalismo reagia a uma carencia de açucar pelo Natal.

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  2. Caro Lizard

    Confesso, que já me imaginei junto à lareira no papel da Ingrid Bergman a aquecer o Humphrey Bogart . Mas depois, só de pensar que homem está reduzido a pó, fico tão fria que nem o fogo me aquece.

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  3. Pois é d.Arlapa, é o que dá andar a ver muitos Fimes!
    Não me diga que não há aqui em Pechão homens inspiradores de grandes paixões, eu sei que "santos da casa não fazem milagres",mas pelo menos podia ter escolhido um vivo, sempre ficava com a esperança!

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