De
uma cortesia celestial. Age com o sentido de dever para preservar a tradição da
família. Rege-se pelos códigos dos seus antepassados e move-se em passos iguais
e vagarosos. As mãos ossudas e lavradas denunciam o trabalho na terra, e a
coragem as lides da vida do campo. Não dá importância às ratazanas e trata as
osgas por tu. Conhece o perfume da terra, das árvores, e o poder devastador do
sofrimento. Por isso, trabalha com uma insofrida paciência, e mesmo quando
soletra aquele sorriso infantil as mágoas estão alojadas nas entrelinhas. Uma
vida de solidão sem som nem legendas. Será que o silêncio ouve-se no céu?
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