Assisti ao nascimento da democracia. E, como toda a gente, fui embriagada pela esperança, engolida pela euforia e abençoada pela fé. Apesar disso, nunca festejei vitórias e o meu voto nunca elegeu ninguém. Os anos passaram, e os ideais alteraram-se; as convicções deram lugar aos interesses, a espontaneidade ao calculismo e, as palavras vindas do coração foram substituídas pela estratégia das palavras. Mas, a história foi-me revelando, e, os factos comprovando, que o foguetório e as promessas ardem ao virar da esquina. E por isso, e muito mais, fiquei com o desnorte de uma perdiz engaiolada, a minha carteira ficou anoréctica, e eu, tornei-me céptica.
Alheios e, indiferentes às utopias de uma velha a gerir a saudade e a tristeza em partes iguais, os candidatos, numa extensão teatral, em acareação incongruente, perdem a linguagem crua do prazer e, tentam conquistar votos à custa de pecados alheios, o que me parece difícil. Mais difícil será conservá-los. E, nas alegações, testando a nossa sanidade, vão esgravatando no fogo, chamuscando-se entre si e, queimando o meu voto. Mas, como diz a minha neta: tudo numa boa. Embora doa.
falta aí o candidato que diz as verdades. ou a d.arlapa também tem um lápis azul?
ResponderEliminarCOELHO AO POLEIRO !
ResponderEliminarO VOTO CONTESTATARIO.
pois está visto que a d.arlapa não gosta mesmo de coelho.
ResponderEliminarpois o coelho,é o unico que diz as verdades todas,os outros mamaram todos da teta do estado durante 30 anos.
Nós criamos um monstro!
ResponderEliminarEramos um país, igual a nós proprios, tinhamos uma cultura, uma bandeira, orgulho nos nossos antepassados, respeito pelos nossos pais e irmãos, e tambem pelo proximo. Tinhamos só uma camisa e umas calças, mas eram de boa fibra, e feito na Covilhã, tinhamos só feijão com massa para o almôço, mas era colhido em Bela Mandil, tinhamos só uma bicicleta para conduzir, mas deslocavamo-nos com prazer, e não precisavamos de cartão de crédito para pôr gasolina.
Hoje olhe na cara dos nossos jovens, e vejo um pôvo desorientado, que não sabe de onde vem, nem para onde vai, que não produz aquilo que consome, incapaz de sustentar,