Tardes de dominó
Pescadores emalhados nas horas de lazer. Amarrados ao mar por nós de escota e com os pulmões calcinados pelo perfume da maresia, analisam a pedra a jogar como examinam a melhor forma de uma abordagem segura à amurada do cais e, encaixam-na com a mesma exactidão com que armam os paneiros da proa. Em apneia, desamalham elegias de uma rede repleta de dúvidas plúmbeas; pelo sueste que se avizinha e pelo futuro que definha, numa vida afogada de incertezas, condicionada pelos humores da natureza e pelos desamores dos governantes. Apesar dessas intempéries, ancorados em ondas de ócio, com a carteira vazia e os porões cheios de cumplicidade; distribuem amizade e repartem solidariedade
Invadindo território da freguesia de Olhão muito bem D.Arlapa, é assim que se ganha prestigio.
ResponderEliminarTem é de ter cuidado, pois a ASAE ainda chega a esse café Cabe Mais Um, e prega uma multa ao Rogério, por não ter licença de jogo.