quarta-feira, 14 de outubro de 2009

e depois da excitação das eleições...




Caminho do Fantosga


... voltemos ao remanso da rotina diária. Porque Pechão é uma Aldeia calma e aprazível, nada melhor que um passeio pelo campo. Hoje, logo pela fresquinha, dois dedos de conversa com a afável Tia Almerinda, com azimute direccionado para o caminho do Fantosga. As bolotas? Ainda estão verdes. Mas são doces, doces.

13 comentários:

  1. OH amiga arlapa, Pechão e as suas gentes, foi sempre uma terra hospitaleira, o Fantosga ou Pantosca, a tia Almerinda, o Prega Saltos o João Domingos ( o ladrão) foram figuras que demandaram esta terra, vindos de outras paragens e isso ainda hoje acontece, eventualmente outros daqui demandam outras terras e por lá fazem história.Que sabemos nós da vida do Pantosca,das suas origens, sabemos sim após o seu aparecimento em Pechão, era um homem culta para a época mas nada mais.

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  2. Eu desta vêz não queria comentar nada, só queria pedir a alguem que possua esses conhecimentos, que nos elucide à cerca do pantosca, porque fiquei deveras intrigado com o personagem. Desde já o meu muito obrigado.

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  3. O Patosca era um homem que as vezes tinha uns ditos muito engraçados, quando tinha uns copitos a bordo na venda do ze da Quinta dizia do seu amigo de longa data Seromenho que tinha uma firma que se chamava "SEROMENHO E ROSA" com alguma filosofia.

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  4. OH! dª Arlapa!
    Se não fosse abuzar muito da sua paciencia, gostaria muito que nos falasse sobre um certa carpintaria, ou marcenaria que houve em tempos em pechão não sei se ainda lá está... O nome do proprietário era José Hespanha, o Senhor conduzia uma pequena camioneta dos anos 30 e dizia-se que era um marceneiro exìmio Até exculpia Santos para as igejas.

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  5. HÓ amigo Lima o senhor tem aí bem a sua porta o senhor Sebastião do Vale que era a braço direito do Espanha. Esse homem alé conseguiu reconstruir o São Bartolemeu quando uma vez pela festa de Pechão, uma cambada de inergumes deitou o andar ao chão e o quebrou todo.Esse senhor é a pessoa indicada para lhe fronecer o que precisa de saber,como emigrante, e dar-lhe-á ainda outros ensinamentos. MALDONADO

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  6. Muito obrigado pela a achega amigo Maldonado!
    Ora se bem me lembro, o sr Sebastião do Vale era o dono do baile onde hoje é o Clube oriental de Pechão; esse senhor já não deve ser vivo! Se calhar refere-se ao José Sebastião que é seu filho? O Sebastião do Vale durante muitos anos geriu o baile de Pechão sempre com muito sucesso, até que apareceu o Manuel João Calé a contruir na aldeia outro baile, que alugou ao Marílio Moleiro como o baile do Marílio era mais nôvo, os fregueses viraram-se pró Marílio, deixando o Sebastião do Vale " às moscas"; Mas o Sebastiâo não era homem para "ficar no prejuizo, pensou organisar ali um Club Recrietivo, o Que foi um grande sucesso que até hoje se mantém. Quanto ao Marílio fechou! e Até Hoje O mestre Florival Custódio ainda nâo recebeu o dinheiro todo da constução do baile.

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  7. Amigo Lima tem alguma razão. Mas olhe o Sebastião a que se refere teria idade para ser pai do então Espanhita.Portanto quando falei no Sebastião do Vale,era precisamente desse filho José, sabe ele tinha outros, demais a profissão do Sr Sebastião era fiscal de Obras, quando trabalhou, na hidraulica.Quanto aos bailes o Clube quando para ali foi já era COP há largos anos,teve sede na casa do tio Zé da Quinta e depois na casa do Armindo Barbosa, daqui é que foi para o armazem do Sebastião do Vale, mas já era clube recreativo.No Manuel João Calé existe da sua parte um pequeno lapso de tempo, sabe antes do Marilio, foi estrear o armazém de Baile o Diamantino " dizia-se que era afilhado do Manel João Calé. Este senhor já antes tivera um baile lá no Montarraoio onde ainda estão os casarões onde ele morava e foi o Baile do Sebastião do Vale que acabou com ele. São os ciclos da vida, como os alcatruzes da nora, vão uns para baixo, vêm os outros para cima, será isto um ciclo viciosos, parece-me que não, mas deixe-me lhe dizer que o Tio Manel João Calé tinha muita razão, sabe qual era a sua máxima, ainda hoje se pode ler numa lápida colocada no edificio de Pechão " Os cães ladram mas a caravana passa". MALDONADO

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  8. Senhor Maldonado gostei muito desta sua ultima intervenção. Continuo assim não deixe que a memoria colectiva de Pechão se apague.

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  9. Mais uma vêz muito obrigado! Amigo Maldonado!
    Eu peço desculpa por essas falhas, mas na altura eu era um miudo e è lógico que me tenham escapado alguns permenores! Quanto ao Senhor Vejo que é uma enciclopédia. por isso vou ter o atrevimento de lhe pedir que nos fale um pouco mais desses saudosos tempos para refrescar um pouco as nossas memórias já um pouco "perras"; e ao mesmo tempo ilucidar um pouco essa malta mais nova que talvez tenha interesse em saber a História de pechão contada pelos pechanenses, e nâo por qualquer escritor irodito!
    Cumprimentos!
    Lima

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  10. Senhor Lima

    Permita-me dar uma achega sobre a pessoa Jose Hespanha, irmão da Bia Hespanha, casada com o José Neto e a quem ao pai de ambos chamavam o Pai do Céu.
    Com efeito na oficina de carpintarisa do Zé Hespanha por lá passaram muitos carpinteiros, especialmente antes da da sua ida para França, dizem para fugir á PIDE, visto o mesmo já anteriormente ter estado em França durante a segunda Grande Guerra a combater ao lado da resistência francesa,nos chamados "maquis".
    Voltou depois acompanhado da esposa a D. Dorilia, filha do Tio João Pisco e do seu filho mais novo o Jose Florentino, visto que a Rosinda sempre permaneceu cá , estudando no Liceu de Faro e vivendo com os avós paternos.
    Reabriu a oficina, tendo passados anos a mesma a ser gerida pelo Zé Sebastião, pelo Joaquim Canário, já falecido e pelo Joaquim de Reis Filho.
    Após alguns de funcionamento e já após a moste do Zé Hespanha, voltou a fechar, tendo voltado a laborar á cerca de dez anos agora alugada a um senhor do qual não sei o nome, que me desculpe, sendo o único trabalhador naquela oficina pela qual passaram dezenas de carpinteiros, que ainda moços lá aprenderam o "oficio" e se tornaram grandes mestres, caso do Zé Sebastião, do Laurentino Norte,do Luciano da Arela e muitos e muitos mais.
    Espero Srº Lima ter-lhe dado mais algumas pistas sobre a pessoa do Zé Hespanha.
    E já agora adianto, que foi a primeia pessoa em Pechão a têr automóvel e que era um eximio tocador de qualquer instrumento de corda.

    O Canal História

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  11. Muito obrigado ao "canal historia" por esta magnifica descrição sobre pessoas importantes da nossa aldeia!

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  12. Dona Arlapa
    Fiquei muito sencibisado por esta descrição!
    Pois era sobre essa Rosinda Que eu gostaria de falar: Eu teria os meus 6 ou sete anos! um domingo à noite os meus pais trouxeram-me ao baile do C.O.P. Ao chegar lá fomos confrontados com a situação que segundo uma lei nova, as crianças com menos de 12 anos não poderiam permanecer na sala de baile; foi então que alguem se lembrou de atirar com os môços para uma sala adjacente à sala de baile, onde só se poderia ouvir a musica; Eu um garotinho tímido e acrabunhado que até ali brincava só, no monte do meu avô,vi-me perdido no meio de todas aquelas crianças desenvoltas e mais atrevidas do que eu. Foi então que reparei numa menina loira como um anjo, linda, mesmo muito linda! tinha uma grande douçura no olhar; ela não reparou em mim,mas eu fiquei muito impressionado, (sete anos) era a Rosinda!

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  13. Agora percebo.
    Havia "moiro" na costa ...


    O Olho Vivo

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