domingo, 31 de julho de 2011

Escola sem água

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"Junto tenho o prazer de enviar uma fotografia cedida pela Sra. Fernanda Ameixeira para fazer o favor de publicar, a foto foi tirada junto a escola primária feminina de Pechão em 1956, situada onde hoje mora a Cristina Cabeleireira, e se reconhece algumas alunas como a Fernanda Ameixeira, Rosa Paté, Rosinda Espanha, e a Odete Chouriça e, ao fundo entre a porta a professora Dona Maria do Ó, o resto dos elementos da foto é para as pessoas as identificarem. A fotografia é da Fernanda Ameixeira."
Um abraço Danilo.

Também frequentei essa escola e também tive como professora a D. Maria dos Prazeres Martins do Ó mas, nos anos 40. E também levei muitas réguadas. A casa de banho e o refeitório eram ao ar livre na rua “Viegas da Quinta” outrora um caminho sombrio, apertado e empestado. Ovo frito no pão ou batatas-doces cozidas, eram os pratos do dia que transportávamos numa bolsa de pano. Para beber água, tínhamos que esperar na esquina do muro do José da Quinta que alguém a tirasse do poço para, nos encher uma pequena enfusa de barro que tínhamos na escola. Coisa que muitos faziam a contragosto, soltando enfadados a expressão: “ Lá vêm as moças da escola!”, ou, fulminavam-nos com um silêncio carregado de hostilidade. Nem sempre éramos bem sucedidas. Mas, felizmente existia um benemérito por perto; o Luciano Barbosa. Que tinha na taberna um pequeno depósito de água em cimento. E nós, por entre copos de vinho e cálices e aguardente, fazíamos fila por um copo de água. E ele, sempre com um sorriso genuíno e uma palavra reconfortante, matava-nos a sede e o estigma pejorativo dos utentes do poço. Na verdade, o verdadeiro mérito que o Luciano Barbosa tinha, é como a água; quanto mais profunda é, menos ruído faz.

Ao Danilo e à Fernanda Ameixeira o meu e o vosso muito obrigado.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Brevemente

Muitas vezes por preguiça e para evitar o esforço de analisar todas as opções disponíveis e viáveis, costume guiar-me pelo primeiro instinto. Foi o que aconteceu quando tive conhecimento da transferência da caixa multibanco do edifício da extinta caixa agrícola, para o edifício da Junta de Freguesia. O “sim” automático muitas vezes prega-me partidas, mas, nesta caso, por mais voltas que dê, não encontro melhor alternativa. O problema é que cada vez temos menos dinheiro para levantar, mas em contrapartida, temos uma enorme paciência.

domingo, 10 de julho de 2011

Maldonado em grande forma

42º Aniversário do C.O.Pechão

O  Maldonado voltou em grande forma e analisa  de forma fundamentada e   peculiar, mutações relevantes numa determinada  fase da vida do Clube. E, para colorir o seu comentário, mimoseia-nos com conceitos e juízes de valor, sobre assuntos que nem sempre recolhem o consenso geral.  
"Já tinha saudades disto, tanta dor de cotovelo ou corno, o Zeca perturba muita gente, ainda rapazinho, foi convidado para participar na actividade desportiva do COP, há 33 anos, visando a promoção do desporto e associativismo juvenil, face á precariedade existente na altura ele foi escolhido, poderia ter sido qualquer outro, o COP estava destroçado, resultado da política, a luz estava cortada pela EDP, estava ligada com arames, água nada, um processo no Tribunal de Albufeira da Sulbetão, rendas da casa estavam em divida. Foi aí que a direcção então eleita, fez aprovar um novo estatuto, com escritura pública para desenvolver o Associativismo.
Fez as obras na sede que esteve encerrada durante cerca de 6 meses, reabriu com actualização de sócios, e a festa de comemoração do aniversário pela primeira vez.
Foram estabelecidos os planos para lançamento da activada, futebol, atletismo, ciclismo, pesca, teatro, pauliteiros, danças e matinés dançantes (a grande receita impulsionadora para financiar as iniciativas a desenvolver e custear as despesas efectuadas, o COP não tinha dinheiro, ninguém pagava cotas, a direcção teve que se cotizar, emprestando ao Clube, 10 contos por director.
A primeira actividade a desenvolver foi o Atletismo, havia necessidade de ocupar a miudagem para os retirar da rua e o monitor escolhido foi o Zeca. Começou aqui a sua actividade e desenvolvimento, foi-lhe proposta a frequência de um curso de conhecimentos na DGD e através do Prof. Tenazinha, o Zeca começou a desenvolver a sua actividade assessorado pela Direcção do COP que o apoiava, como ele é uma pessoa esperta e inteligente, cheia de speed e vontade, foi tudo fácil e a miudagem começou a praticar atletismo em força. As outras actividades vieram a seguir, o futebol federado, com outros responsáveis, também a pesca, o ciclismo, o teatro as danças os pauliteiros, foram tempos áureos, só existiu uma coisa que falho, a dança dos velhos que tenho atravessada na garganta o Norberto Dias ter ido para Quelfes e começar lá a ensaiar, aquilo era de Pechão, do tio Zé Norte, Quelfes nunca teve dança de velhos.
Entretanto surgiu a politica, o Zeca foi convidado para isso mas foi logo, aconselhado a não misturar à politica, Junta com o Clube, na Junta o Clube ficaria à porta. Depois de muita insistência acabou por aceitar concorrer na lista como independente, quatro anos depois já foi como cabeça de lista embora como independente e ganhou, o Zeca é muito boa pessoa, persistente amigo do amigo pena é que seja constantemente torpedeado, mas quando se mete num projecto não desiste é de homem, vejam o caso da casa da Junta, só foi construída pela persistência do executivo na altura, a Junta não tinha dinheiro, muita vontade e algumas garantias e avançou sem receios e hoje temos o edifício que temos, foi um sonho tornado realidade. Fala-se mas isso é tudo bocas idiotas, ignorância e muita inveja misturada a junta de Pechão é uma Junta pobre os tostões têm que ser bem geridos, divididos, para chegar para contemplar as carências, necessário acordos e muita dinâmica.
Alguns dos que mais falam são emigrantes ou caíram de pára-quedas em Pechão, dizem-se de Pechão, tiveram a felicidade de aqui nascer e acham-se com o direito de dar palpites outros há que a quando do desenvolvimento dos factos ainda se encontravam nos colhonis dos papás, existem ainda os outros que sempre se esconderam na sombra só sabiam e sabem criticar, nunca acreditaram na reviravolta que o COP deu em 1978/9 como também não acreditavam na modernização empreendida pela gente nova que entretanto tomou conta do rumo da Junta, enganaram-se redondamente e ainda bem, hoje reconhecem e enaltecem a actividade do COP e da Junta de Freguesia, antes o presidente levava a pasta com os papeis para casa e só ele e mais ninguém, até atendia as pessoas em casa, hoje existe o atendimento é personalizado todos sabem quem é o substituto do Presidente.
Portem-se bem, estou sempre pronto para esclarecer por esta via, fico por aqui". MALDONADO

9 DE JULHO DE 2011 19:07