Este post foi escrito em 12 Novembro de 2007, por isso, está desactualizado. Mas para enquadrar os comentários que foram feitos na altura, achei por bem não alterar uma vírgula. Assim, tentem relativizar os factos e inseri-los no tempo.
A chuva que teima em não cair. O Nicolau com o saco do lixo hermeticamente fechado acompanhado do fiel Tarantino, cumpre zelosamente as tarefas domésticas. Novo espaço de cirurgia estética - entra velha, sai nova, máquinas de lavar roupa, com mais anos de vida do que o fabricante desejaria. Na carpintaria do Laurentino, profissionalismo, dedicação, honestidade, a conjugação destes princípios é sinónimo de sucesso. As damas da noite da nora da Beinha, que nos inundou, e inebriou os sentidos no perfumado verão, a nova dama gerente do Mini Mercado Vale na mudança anunciada. Na drogaria escolhe-se um rosário de utensílios, sempre úteis, e indispensáveis, a Rosairinha Moleira com o portão entreaberto espera e desespera pelos seus. Na espingardaria discute-se estusiasticamente a caça ou a falta dela. Sopram as últimas cinzas do emblemático café do José Arlindo, espaço de referência dos nossos afectos. O C.O. Pechão, umas vezes moribundo, outras cheias de vitalidade, mas sempre vivo, nesta relação simbiótica com os mais fervorosos e, estranha aos olhos alheios. A Aldomira com o seu canteiro de rosas desabrochadas em tom desmaiado, que é o que acontece ao Carlinhos, se não parar de beber. Na Pastelaria Ruca vem o cheiro a fatias e, o frio que chega de mansinho. O Assunção e o Elias fazem piadas. Todos se riem. O tempo que passa tão depressa, e nós ainda por cá.