quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Nem que seja por um minuto

Foto enviada pelo Danilo da Quinta

Uma fotografia antiga que rebobina fragmentos do filme da nossa vida. Um olhar nostálgico, e um leve sorriso transportam-nos para a familiaridade dos pormenores. O campo da bola, a horta, os cheiros, o Viriato, os olhares e vozes do passado que parece que nos interpelam. Uma miríade de recordações que nos assolam e não conseguimos conter. E engolimos uma tristeza imensa, naquela vontade de por momentos regressar. Nem que seja por um minuto. Estar ali. Abstrai-mo de tudo, fecho os olhos. E finjo que estou mesmo.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Banco da ladeira da Igreja



Um banco público, à sombra de uma árvore de um jardim privado, é apenas uma minudência. Uma coincidência. Na essência, é tão útil como necessário. Por força de uma lógica local, a questão do timing da sua colocação poderá suscitar várias interpretações. A justificação ao cumprimento tardio de uma promessa eleitoral não tem de vir em apêndice ao manual de instruções, nem a divulgação da versão oficial é obrigatória. Antes assim que a um oxímoro. Penso que descobrir a verdadeira razão, não é importante, e dá trabalho. Afinal, é um simples banco, e serve para descansar.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Futsal 1ª Jornada



Informação oriunda daqui.

C.O.Pechão: 60 anos - 24 Presidentes (17)


Osvaldo Granja
“O Diligente”

Desde pequeno que fez do Clube a sua escola, e do campo do Viriato o seu recreio. Embrenhou-se até á medula e criou laços de afectividade inquebráveis. Foi esta devoção que o moveu anos e anos, e ainda move. Provavelmente não existe função que já não tenha desempenhado. É um conhecedor profundo dos problemas do Clube, e adopta-os como se fossem seus. Com capacidade para sensibilizar, e emocionar, esteve presente nos bons, mas sobretudo nos momentos mais críticos, funcionando como elemento agregador e mobilizador. Graças às suas acções o Clube sobreviveu a muitas crises anunciadas. Paixão. Talvez seja mesmo essa palavra que defina o seu relacionamento com o Clube. Intensa e duradoura.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

a propósito do Fantosga


Casa do Fantosga, ou o que resta dela

Figura típica dos anos 30/40. Inseparável da sua cesta de verga, divertido, simpático, sem poiso certo, vagueava por montes e caminhos, na esperança de receber um naco de pão, um punhado de figos torrados, ou na melhor das hipóteses uma sopa quente. Mesmo em tempos agrestes e difíceis, as pessoas sempre se mostraram benevolentes e caridosas, e o Fantosga não era excepção. O Tio João Gaguinho, e mais tarde a sua filha Marquinhas, foram as pessoas que mais o ajudaram. Tratado com parcimónia, comia e bebia na mesma mesa como se fosse um familiar ou amigo próximo. A palavra solidariedade não era mencionada, nem banalizada, mas sim aplicada e consumada. Feliz, de barriga cheia, e cesta aviada, era vê-lo a declamar versos para gáudio do pessoal.


Vim do meu amigo João Gaguinho
Já cá canta o almocinho
E um copo de vinho

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

e depois da excitação das eleições...




Caminho do Fantosga


... voltemos ao remanso da rotina diária. Porque Pechão é uma Aldeia calma e aprazível, nada melhor que um passeio pelo campo. Hoje, logo pela fresquinha, dois dedos de conversa com a afável Tia Almerinda, com azimute direccionado para o caminho do Fantosga. As bolotas? Ainda estão verdes. Mas são doces, doces.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Sessão de esclarecimento (1)

1º. Todos os candidatos estão dispostos a empenhar-se e fazer sacrifícios, em prol de Pechão. Sendo um pressuposto comum a todos, o que difere entre vós?

2º. Dê-nos um motivo (s) para votar em si?

Resposta da candidata do Bloco de Esquerda - Leónia Norte


Cara D. Arlapa

Antes de mais, permita-me dizer que, efectivamente, estamos dispostos a empenhar todo o nosso esforço e dedicação na Freguesia.
Contudo, trabalhar para uma terra mais justa, mais solidária, mais limpa e com melhores condições de vida para todos, jamais representará um sacrifício para nós. Pois, no final do mandato, o reconhecimento da população pelo bom trabalho desenvolvido, será o suficiente para nos sentirmos satisfeitos e com a certeza de dever cumprido.
Quanto à sua primeira questão, para ser sincera, e certamente compreenderá, não poderei dizer o que difere entre nós e os candidatos das listas da CDU e do PSD/CDS-PP. Pois, pelo facto de eu, e certamente a maior parte da população, desconhecer a acção e competências na execução dos respectivos programas eleitorais, não poderei fazer quaisquer juízos de valor em relação a tais candidaturas.
Poderei sim, por razões óbvias, no que respeita ao PS, apontar o que entre nós difere. E apesar de serem muitas e grandes as diferenças, resumirei a mesma a um único ponto pois, creio, que tal é suficientemente esclarecedor.

Assim:
- Tencionamos, ao invés do que o PS tem demonstrado, cumprir o que apresentamos no nosso programa, pois não temos propostas que não sejam exequíveis nem propostas apenas para embelezamento do mesmo.
Basta compararmos os programas do PS de 2009, 2005, 2001 e até de 1997 e verificamos que aí constam propostas com 4, 8 e 12 anos que nunca foram cumpridas e até propostas que foram retiradas dos programas sem serem executadas.
Deixo aqui o desafio (muito pertinente e já lançado pelo “Zé de Pechão”) e assinale no programa do PS de 2005 o que considera que foi cumprido em 4 anos. Possivelmente, vai chegar à mesma conclusão que o “Zé de Pechão” chegou e vai considerar que apenas ¼ das promessas eleitorais foram efectivamente cumpridas.
Creio, que esta singela resposta reflecte a importantíssima diferença entre PS e BE.

Quanto à sua segunda questão, o motivo principal para votar em nós é, sem dúvida, o nosso compromisso para com a população no cumprimento do programa apresentado. Contudo, permita-me esmiuçar alguns aspectos que considero muito importantes e decisivos para votarem em nós.
A saber:
a) Garantimos que toda a população será tratada de igual forma sem privilégios para uns em detrimento dos outros. Igualdade e Justiça nas nossas decisões será uma trave mestra no nosso mandato;
b) Aumentaremos o número de “trabalhadores de rua” para permitir a manutenção e limpeza de ruas, caminhos, ribeiros e outros trabalhos nos espaços públicos na aldeia e em Belmonte de Baixo durante todo o ano e não apenas em épocas festivas ou de campanha eleitoral;
c) Trataremos das zonas de Belamandil e de Belmonte de Baixo, especialmente no que respeita ao ambiente, saneamento e sectores que irão dar qualidade de vida às pessoas que vivem naquelas zonas, pois o desinteresse do PS é manifesto, e empenhar-nos-emos na resolução do problema da ETAR-Poente e pressionaremos a Câmara Municipal de Olhão e o Ministério do Ambiente, mobilizaremos a população, convocaremos a imprensa e se, necessário, recorreremos à via judicial até às instâncias comunitárias.
e) Apoiaremos os clubes em conformidade com as respectivas actividades e jamais os substituiremos nas acções que só a eles compete, pois assim poderemos dedicar o nosso tempo a trabalhar naquilo a que nos propomos e que são competências de uma Junta de Freguesia;
f) Informaremos a população sobre a aplicação dos dinheiros da Junta de Freguesia e sobre as dívidas existentes a fornecedores;
g) Zelaremos pela verdade e transparência em todos os aspectos e no que à nossa Freguesia diga respeito e sem submissão a quem quer que seja.

Muitos outros motivos poderiam aqui ser apresentados mas espero que estes sejam os suficientes para depositar a sua confiança em nós.
Tenho a certeza que nem a Sra. nem ninguém se arrependerá de votar Bloco de Esquerda.
Com os melhores cumprimentos,
Ao dispor,
Leónia Norte

... e da Candidata da CDU – Susana Mendonça



Caríssima Arlapa

1 – É natural que as diferentes candidaturas apresentem propostas, muitas vezes comuns, para melhorar a freguesia e consequentemente a vida dos seus habitantes, pois há inúmeros problemas que não foram ainda resolvidos e que qualquer um dos candidatos tem com certeza a clareza de espírito para os identificar. A paixão com que se envolvem é que não me parece que seja exactamente a mesma, e aí tenho de discordar com o seu preâmbulo à primeira questão que colocou. Eu não sou política, não me candidato por uma qualquer “birra” antiga aproveitando uma maré de votos num partido, não me candidato como último recurso de uma coligação ou partido. Candidato-me por paixão mesmo! Candidato-me por amor a esta terra com a qual criei laços afectivos que me tornam tão ou mais Pechanense que muitos dos seus nativos.

Para além da paixão há mais, das quais registo as seguintes:
- Definição das reais prioridades: a minha equipa tem uma noção muito clara do que é prioritário na freguesia. Não se pode esperar que as pessoas adiram a actividades culturais, como exposições, quando a casa alaga em dias de chuva porque as estradas não têm escoamento.
- Isenção: não sou permeável a influências partidárias ou familiares.
- Maior democracia: temos de saber ouvir os habitantes porque eles melhor que ninguém sabem o que precisam e os habitantes incluem naturalmente todos os que forem eleitos para a Assembleia no próximo dia 11.
- Mudança e inovação: temos de saber criar coisas novas. Precisamos de caras novas e ideias novas. Temos de modernizar e dinamizar esta terra e não deixar que sejamos apenas mais uma aldeia que faz sempre as mesmas coisas e da mesma maneira.
- Pragmatismo: não prometer… fazer!

2- Motivo para votar em mim? Acho que atrás já dei motivos mais que suficientes. Mas se quer mais uma: votar em mim e na minha equipa é votar na verdadeira DIFERENÇA.


Uma aragem de ar fresco invadiu este blog, arrastando toneladas de bolor, e suavizando o cheiro das bolas de naftalina. Muito obrigada.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Sessão de esclarecimento


1 - Lendo o programa dos Candidatos, é unânime, a paixão, disponibilidade, e o empenho em dotar a Freguesia de Pechão de melhoramentos que aumentem a qualidade de vida dos habitantes. Sendo um pressuposto comum a todos, o que difere entre vós?

2- Dê-nos um motivo (s) para votar em si?

Numa tentativa de aclarar ideias, tive o desplante e a insensatez de pedir aos Candidatos (via email) a resposta a estas duas perguntas. A esperança de obter respostas é demasiado ténue, afinal, quem vai perder tempo a escrever para um blog de uma velha não identificada, em que a credibilidade está por demonstrar, e a isenção por provar.

Aguardemos.

domingo, 4 de outubro de 2009

Dúvidas e dívidas




A minha neta diz-me que o melhor professor que já teve foi o Alcino, e insiste para que vote nele. Realmente ela sabe na ponta da língua o nome dos Reis de Portugal, e outros nomes, mas esses, deve ter aprendido noutra disciplina mais vanguardista. Confesso que não conheço o Professor, mas partindo do princípio, de que não se deve rejeitar o que não se conhece, e atendendo a que já esgotou todos os elogios, estou tentada a fazer-lhe a vontade. Afinal não é que fazem todas as avós?

Gratidão é o que devo à Maria Joaquina, afamada modista, que me ensinou a arte do corte e costura, e nos entremeios, a dar pospontos nas dobras das incertezas, quando ainda cachopa as dúvidas se amontoavam como a roupa na canastra. Senti o sabor prudente dos seus concelhos, que muitas vezes me fizeram voltar à vida. A ela já não lhe posso agradecer, mas ao neto que herdou da avó aquela aura intuitiva, posso dar-lhe o meu voto. A avó ficaria satisfeita e o neto reconhecido.

Quando o meu homem estava de cama com uma broncopneumonia, o Dr. Mata Artur, e o Sr. Almeida levaram-me o resto das economias, e a ultima réstia de alento. Com o carro de mula esfrangalhado, o Chico Carpinteiro, atendendo às minhas prostrações prontificou-se a conserta-lo na condição de pagar o serviço quando pudesse. Até hoje ainda não pude. Lembro-me da sua figura todo emproado com um distinto fato azul, cravado com um cravo vermelho na lapela, e um sorriso no coração, aquando nas primeiras eleições após o 25 de Abril. Sei que esteja ele onde estiver, ficaria feliz e esqueceria a dívida caso eu votasse na sua bisneta. Mesmo sendo uma leiga na matéria, penso que a dívida já prescreveu, mas uma boa advogada faz milagres, por isso uma simples cruzinha evitaria recursos e falatório.

A professora universitária é um caso ímpar. Uma capacidade de adaptação admirável. Simpática, inteligente, sentido de humor, tudo o que se pede a um novo conterrâneo, o que valha a verdade não abunda. Embora ainda não domine na perfeição os limites cartográficos da Freguesia, já se entranhou e compreende os nossos anseios e necessidades. Estou muito tentada a dar o meu voto a esta erudita senhora. Deus queira que ela não leia este modesto blog. O mau estacionamento das vírgulas, a gincana na exposição de ideias e as fendas na construção das frases, devem diverti-la à brava, enquanto eu fico com as orelhas  arder. Vou propor-lhe um acordo: Eu voto nela e ela corrige os meus posts. Ah já me esquecia! Tem algo que eu adorava ter, mas infelizmente não tenho: coragem.

Ainda tenho uma semana para decidir. Passados tantos anos espero que alguém me volte a conquistar, nem que seja por um voto.

sábado, 3 de outubro de 2009

Pechão merece o melhor !


Pechão é o nosso compromisso!


Susana Mendonça, Vladimiro Guerreiro, Carlos Sousa

É assim mesmo amigos… É com Pechão o nosso único e exclusivo compromisso; é por Pechão e pelos seus habitantes que nos apresentamos a estas eleições autárquicas com intenção de liderar na Junta de Freguesia um executivo competente e dinâmico, pronto a trabalhar para o desenvolvimento da nossa terra e para o bem-estar da sua população.

O trabalho de uma autarquia nunca se esgota, pois há sempre problemas por resolver e projectos a desenvolver, acreditando nós que é possível fazer mais e melhor. Temos ideias e projectos para Pechão, uns mais simples, outros mais ambiciosos, quer no plano do funcionamento da autarquia e do seu relacionamento com outras entidades quer na área dos projectos estruturantes e de desenvolvimento. Mas parece-nos que o mais importante neste projecto a que nos propomos é definir as verdadeiras prioridades para a nossa terra e repensar os caminhos a seguir, dando mais voz à população e às instituições locais, apostando numa participação democrática de todos os que queiram connosco debater Pechão.

Apresentamo-nos a estas eleições com uma lista composta por homens e mulheres empenhados em trabalhar pela nossa terra e prontos para aceitar a responsabilidade que os eleitores nos queiram atribuir. Votar na CDU é apostar numa mudança segura, competente e responsável. Votar CDU é votar numa verdadeira alternativa política para Pechão. Com trabalho e dedicação vamos melhorar Pechão!

Folheto informativo da CDU