quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Aposta na continuidade


Custódio Moreno, Paulo Salero, Alexandra Duarte

Sempre a seu lado!

Os Pechanenses têm vindo a confiar em nós! Liderar a Junta de Freguesia é uma responsabilidade que muito nos orgulha e que, desde sempre, abraçamos com enorme paixão e um grande sentido de responsabilidade.

Pechão está hoje, como nunca, em franca expansão, num cenário de grande afirmação e sempre com os olhos postos no futuro.

Continuamos totalmente disponíveis de que é preciso continuar a trabalhar por esta Freguesia, sempre a seu lado!

Pretendemos continuar a obra, pois possuímos inúmeros projectos mas, principalmente, temos as soluções mais adequadas para continuar a promover o desenvolvimento sustentado da nossa terra.

Lidero uma equipa muito experiente, já com provas dadas, que se mantém unida e muito coesa em torno dos seus objectivos, a qual tem sabido renovar os seus quadros sempre com os jovens em lugar de decisão. Esta é, igualmente, uma equipa com grande capacidade de trabalho.

Apostamos claramente nas pessoas e no seu bem-estar. O desenvolvimento económico e qualidade de vida são as razões fundamentais da nossa candidatura. Por Pechão, o desafio para nós não tem limites, pois está em causa a nossa terra.

Caros cidadãos, todos os contributos são cruciais porque as pessoas da nossa Freguesia são o património mais importante de Pechão.

Assim, a 11 de Outubro vamos todos ser chamados, uma vez mais, a decidir o nosso futuro. É um acto de cidadania e de grande importância para a nossa terra, por isso, apelamos à sua participação.

Já sabe que pode continuar a contar connosco. Comigo na Junta de Freguesia e com o Eng. Francisco Leal na Câmara Municipal para estarmos Sempre a seu lado!

Folheto informativo do candidato Custódio Moreno à Freguesia de Pechão, integrando a lista do Partido Socialista.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Amor de mãe


Envolto num silêncio de freiras, a progenitora foi inicialmente a primeira opção para liderar a lista do Bloco de Esquerda, nas próximas eleições autárquicas em Pechão. Completou um curso de elevado grau de exigência em “oratória política”, e foi submetida a exame em pleno hemiciclo, com excelente aproveitamento.
Surpreendentemente depois de vencer a timidez e dominar os princípios da eficácia política, quando nada o fazia prever, cedeu à filha o que levou meses a conquistar. Estranho? Não! Afinal ceder aos filhos, não é o que fazem todas as mães?

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Bloco Esquerda ganha vida em Pechão



Mónica Charneca, Leónia Norte, Helder Raminhos
Caro eleitor,

Em 2001, um grupo de cidadãos constatou que a força política dirigente da Junta de Freguesia não tinha uma oposição que fosse capaz de sair do “politicamente correcto”, nem de contestar com energia e em prol da população a prática absolutista cada vez mais acentuada do Executivo.

Surgiu por isso, em alternativa aos partidos existentes, a Lista de Independentes de Pechão (L.I.P.) cujos objectivos eram claros:

- Fazer propostas que melhorassem a qualidade de vida dos Pechanenses.
- Defender os interesses de toda a população, especialmente daquela que para o Executivo só é gente em tempo de eleições.
- Denunciar e combater actos considerados pouco claros e incorrectos praticados pelo Executivo da Junta de Freguesia.
Os objectivos da L.I.P. foram parcialmente conseguidos e sabemos que muito foi feito devido à pressão exercida e que muito foi evitado porque a acção fiscalizadora da L.I.P. a isso obrigou.
Este foi um ciclo que terminou e um novo ciclo vai começar!

Com o aparecimento do Bloco de Esquerda como força política organizada no Município de Olhão surgiu a oportunidade de unir forças, e aqueles cujos objectivos são em muito coincidentes com os do Bloco de Esquerda decidiram formar uma equipa mais jovem, mais irreverente e disposta a ser uma alternativa válida a uma Lista do Partido Socialista que não se renova, que não cumpre com os programas apresentados e cujo objectivo principal é manter-se no poder.
Os candidatos da Lista do Bloco de Esquerda à Assembleia de Freguesia de Pechão comprometem-se:

- A cumprir o programa eleitoral apresentado à população, garantindo a autonomia na defesa do mesmo.
- A exercer um mandato em luta pelo rigor e transparência em todos os âmbitos da vida autárquica.
- A defender intransigentemente o interesse público em todas as deliberações e no debate político em geral.
- A lutar pela propriedade pública da água e energia.
- A denunciar e combater todo o tipo de desigualdades, de discriminações, de injustiças, de clientelismo, a predação do território, e o favorecimento da especulação imobiliária.
Candidatamo-nos porque queremos um Pechão mais solidário, mais seguro, mais limpo, mais estruturado e porque queremos FAZER BEM E PARA TODOS!

Enviado por Alcindo Norte

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Maioria silenciosa



Desde que a Béinha se aposentou, fiquei como a formiga quando lhe destroem o carreiro. Baralhada. Falta-me o amparo da familiaridade, e o aconchego da intimidade. A Xana não me conhece, e a Vanda é de outra geração. Por uma questão de equidade opto por revezar-me entre elas.
Hoje de manhã “À da Vanda” por entre “novos” Pechanenses circunspectos, e estrangeiros acometidos de dislexia verbal, pairou um silêncio inabitual. Sedenta de coscuvilhice, numa tentativa de tornar o ambiente mas fraternal, accionei o ferrugento desbloquear de conversa. Em vão. Ignoraram-me. Nem uma palavra de circunstância, muito menos um esboço de um sorriso. São gente que vem dos grandes centros urbanos, onde ninguém está preocupado com o vizinho, muito menos, com uma velha simplória e conservadora, que ainda vive no tempo das trevas.
Como vou saber, porque a tia da cunhada da minha irmã faltou à missa no domingo? E a prima do meu genro estará melhor dos diabetes? Ouvi uns zum zuns que a neta da minha comadre zangou-se com o namorado. Será verdade? Que arrelia.
Apesar de estar na minha terra  rodeada de vizinhos, senti-me uma estrangeira perdida, e estranhamente só. A realidade é que o meu mundo vai morrendo, e eu com ele.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

C.O.Pechão: 60 anos - 24 Presidentes (16)


Custódio Moreno
“ O Expansionista”




É preciso estarmos mesmo apaixonados por aquilo que fazemos”  Custódio Moreno / Gazeta de Pechão Nº6 - 1992

Cara Arlapa

Realmente tive o privilégio de liderar um grande grupo de trabalho que muito se dedicou à vida associativa e como tal será justo repartir os louros pela equipa. Este dois anos não foram propriamente dois anos... Realmente foi o colher das sementes lançadas muitos anos antes, como animador, treinador, vogal, secretário, vice-presidente e presidente.


Apostámos muito na juventude. Uma direcção muito jovem com o Murta, Mariano, Jorge Vale, Marisa, Valter Estrela, Alan Pestana, Luís Correia, todos a rondar os 20 anos ou menos, eu próprio com 27 e só o João Cesário e o Germano tinham mais de trinta. Desculpe esta introdução, mas não é de agora que apostámos nos jovens em lugares de decisão, e esta é mais uma prova que os nossos jovens têm muita responsabilidade!


Apostámos muito na Formação. Organizámos os primeiros cursos no Clube para dirigentes associativos, fotografia, teatro, construção de fantoches... Vários grupos de jovens participaram em intercâmbios com Inglaterra, fomos a França e a Cabo Verde com a nossa equipa de futebol sénior... Iniciámos em 91 o actual Campo de trabalho internacional em tendas, entrámos para o RNAJ registo nacional de associações juvenis no IPJ e o clube passou a ter apoios financeiros para conservação da sede, aquisição de equipamentos, realização de actividades, formação... O organograma do COP na altura apresentava 6 Secções: futebol, ciclismo, atletismo, pesca desportiva, cultural (Pauliteiros, Teatro, Exposições, Rádio, Biblioteca aberta de segunda a sexta, o jornal a Gazeta de Pechão, serões culturais, noites de cinema...) aliás saía todos os meses uma folha informativa... uma secção de recreio com as célebres matinés, Bailes e as Festas Tradicionais de Pechão.


Lembro que as secções desportivas todas participavam em campeonatos nacionais a excepção do futebol mas essa, nesses dois anos, obteve as duas melhores classificações de sempre da nossa equipa de futebol de 11 sénior, um 4º e um 2º lugar, este quase deu a subida de divisão. Uma secção com o director Jorge Vale e os seccionistas, Carlos Humberto, Ângelo, Osvaldo e o treinador Vítor Espanha. Dos jogadores destaco o João Paulo de Brito.


Eu acumulava o cargo de Presidente com o de treinador de atletismo, eram treinos diários, assistia aos treinos de futebol, fazia uma perninha no teatro, e na parte cultural apoiamos o entusiasmo do Idalécio Soares na feitura da Gazeta, fazíamos rádio, na “RO rádio oriental” este projecto tinha o Mariano como grande mentor e tivemos connosco a São Branco hoje jornalista da nossa praça. Nós quase que dormia-mos no clube...


O Ciclismo, como sempre com o Alcindo à frente, sendo director o João Cesário, o treinador Carlos Vitorino e o Médico o Dr. Joaquim Elias uma equipa de luxo.


No Atletismo o director e treinador era eu já com o Murta e o Valter a ajudarem, o Vítor Norte na gestão, o nosso médico era o Dr. Rui Antão, a fisioterapeuta a malograda Maria José. Os atletas da altura eram a Cristina Norte e o Vítor Vitorino entre muitos penso que mais de 50! Nesta altura tínhamos equipas de pista feminina e masculina a disputar os campeonatos nacionais da 2ª e 3ª divisão.


A Pesca desportiva começou também nesta altura, pela mão do Carlos Sousa com o apoio do Porfírio e do Avelino e conseguiram rapidamente ganhar a simpatia dos sócios do COP.


Penso que o grande trunfo desta altura foi realmente, o dinamismo, o trabalho em equipa a autonomia das secções responsabilizando-as pela gestão directa do clube, por outro lado a enorme paixão que estes jovens depositaram em todas os projectos que implementaram, deixando uma grande margem de crédito à participação juvenil em futuras direcções.


A minha exposição já vai longa espero ter ajudado, mas falar do Clube Oriental de Pechão é sempre um prazer redobrado.


Um abraço Amigo
Custódio Moreno

Era um absurdo um testemunho desta riqueza perder-se no baú das memórias. Mais que um gosto, é um imperativo divulgado. Nostalgia para alguns, motivação para outros, e um enorme orgulho para todos.

Eu agradeço, os leitores agradecem, a sua disponibilidade e entusiasmo em colorir mais uma parcela  da vasta história do C. O. Pechão.

sábado, 12 de setembro de 2009

A propósito de rezas




No auge da minha juventude por necessidade, e curiosidade, comprei “O Verdadeiro Livro de Benzeduras” na Retrosaria Dias. Desde logo comecei a exercitar-me afincadamente. A minha coroa de glória, foi quando transformei em poedeira - mor uma galinha estéril, que já estava na ementa domingueira. A primeira experiência em humanos foi com o meu irmão mais novo fazia xixi na cama, apliquei-lhe a reza do ezagre, côbro e fogo. Nessa noite fez cocó.


Há muito tempo que não pratico, mas tenho umas luzes de como a esconjurar o fláto nervoso, do possanto e da icterícia, mas nada parecido com a famosa Tia Lucinda Brás, do Poço Longo, que nos anos 40 e 50, exorcizava todos os males do corpo e da alma, com orações, rezas e benzeduras.

Em virtude do médico estar de férias, a recuperar de uma mágoa embrulhada na garganta provocada por uma incontinência verbal de alguns doentes, e a enfermeira a recarregar energias, o posto médico encontra-se fechado (reabre dia 28). Pensando nos crentes, e aproveitando o apoio às pequenas e médias empresas, talvez não fosse má ideia abrir um consultório de rezas e benzeduras. Quem não vai achar graça são os benzedores residentes. É que só a ideia de vir a ter concorrência, e perder o monopólio do negócio, deixa qualquer um em transe.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Correspondência do Além


clique para ampliar


Como se não bastasse as caixas de correio inundadas de publicidade, contas por pagar, e extractos bancários mais secos que a ribeira de Bela Mandil, agora, também correspondência vindo do Além. Foi o que aconteceu à minha vizinha do  lado do nascer do sol.

"Recebi à já alguns dias na minha caixa do correio uma carta para mim deveras insólita, sem remetente nem destinatário, envelope branquinho puro e casto que nem um vestido de uma virgem noiva.
Abri e comecei a ler um texto escrito à mão, sem vírgulas nem pontos finais, que me deixou completamente espantada com o conteúdo.
Embora com o devido respeito por ''alguém'' para mim perfeitamente desconhecido e que eventualmente levará isto muito a sério.
Quem é que, se dará a esta trabalheira? Pensei! E por breves momentos julguei que poderia ser um ''Novo acordo ortográfico” vindo do céu?
Soube entretanto que mais uma pessoa, moradora fora da localidade também recebeu".
Cumprimentos

 enviado por “Ovelha Negra”

domingo, 6 de setembro de 2009

Palradores



Em tempo de teleponto, palavras de circunstância, e discursos formatados, coisas que dispenso, e fujo a sete pés, deparo-me na Festa de Pechão com dois simpáticos apresentadores, donos de uma entoação perfeita, que ano após ano, vão-se afirmando como oradores residentes.


Na introdução à sua missão de fazer-nos querer que os artistas são melhores do aquilo que nós pensamos, tentam animar o público, pedindo uma salva de palmas para aquele senhor que é simpático, outra para outro que é amigo, e para aqueloutro que é porreiro. Os aplausos surgem: fracos, desordenados e forçados.

Curioso, é que quando o Osvaldo subiu ao palco com a voz embargada, e o coração apertado, desejando rápidas melhoras a três filhos da terra com graves problemas de saúde, e anunciou, o regresso dos Pauliteiros com uma lágrima a despertar, e as pernas a tremelicar, o encorajamento saído das entranhas, irrompeu pelo recinto em forma de aplausos - espontâneos, vigorosos, e genuínos. Ele foi a nossa voz, e o nosso sentir.
Tendo mais ou menos jeito, com ou sem calinadas, o microfone devia ser entregue a alguém da “casa”. Um rosto familiar, que fale a nossa linguagem. Quanto aos profissionais das palavras, falam bem mas não me alegram, e para o ano podem ir pregar para outra Freguesia.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

C.O.Pechão: 60 anos - 24 Presidentes (15)

Alcindo Norte
"O Altruísta”

Uma consistência moral notável. Apaixonado pelo Clube que defende até à exaustação, por vezes de forma mais acalorada. Frontal e vertical. Generoso, mas não é capaz de mentir por simpatia. Diz sempre o que pensa. Definiu uma maneira pessoal de fazer as coisas, não por teimosia mas por uma espécie de dever moral, de impor generosamente aos outros as verdades em que acredita. Tem sido um autêntico veículo de transmissão do sentimento Clubista aos mais novos, com tantos e bons resultados. A honestidade, o empenho e a paixão, com que se entrega ao Clube, colocam-no por direito próprio, em lugar de destaque na galeria dos notáveis.