domingo, 30 de agosto de 2009

Concurso literário Francisco Guerreiro


REGULAMENTO DO CONCURSO LITERÁRIO DE PROSA E POESIA
FRANCISCO GUERREIRO

A Junta de Freguesia de Pechão promove o Concurso Literário Francisco Guerreiro no âmbito das Comemorações do Dia da Freguesia, 24 de Agosto.
Artigo 1º
Objectivos
São objectivos do Concurso Literário Francisco Guerreiro:
a) Homenagear o escritor e poeta Francisco Guerreiro;
b) Fomentar e consolidar hábitos de escrita e de leitura;
c) Promover a criatividade e a imaginação;
d) Divulgar novos autores.
Artigo 2.º
Destinatários
Este concurso destina-se a todos os interessados que apresentem a capacidade de desenvolver o acto da escrita.
Artigo 3.º
Apresentação de trabalhos
São admitidas a concurso as produções escritas em Língua Portuguesa nas modalidades: Poesia e Prosa.
O poema não deverá exceder 2 páginas A4 com espaço e meio entre linhas, com tipo de letra Arial, tamanho 11.
O trabalho em prosa não deverá exceder as 5 páginas A4 com espaço e meio entre linhas, com tipo de letra Arial, tamanho 11.
Cada concorrente pode entregar no máximo dois trabalhos por modalidade.
Os trabalhos devem ser assinados com pseudónimo e entregues em envelope fechado e lacrado, em cujo rosto se deve escrever Concurso Literário Francisco Guerreiro.
Junto ao trabalho deve ser entregue a identificação do concorrente em envelope fechado e lacrado e identificado com pseudónimo, onde devem constar os seguintes elementos: identificação completa do(a) autor(a); morada completa; idade e contacto telefónico ou outros elementos que considerar importantes.
Todos os trabalhos deverão indicar no topo da página a modalidade a que concorrem.
Cada envelope deve corresponder a uma só candidatura.
Os trabalhos deverão ser entregues em mão ou enviados por correio (sem identificação do remetente), a partir do dia 24 de Agosto até ao dia 24 de Outubro de 2009 para:

Junta de Freguesia de Pechão
Rua Francisco Guerreiro Nº27, Pechão
8700-178 Olhão
Telefone: 289710640/7
Fax: 289710649
Artigo 4.º
Júri
O júri é nomeado pela Junta de Freguesia e será composto por cinco elementos: um representante da Junta de Freguesia e quatro convidados.
É da competência do júri decidir a metodologia a seguir para avaliação dos trabalhos, respeitando os seguintes critérios de apreciação: criatividade e inovação; qualidade literária; organização; coerência e coesão do texto.
Artigo 5.º
Divulgação dos resultados
Os resultados serão divulgados através de editais afixados na Junta de Freguesia, site www.jf-pechao.pt e comunicado pessoalmente através de carta aos interessados.
Artigo 6.º
Prémios
Os trabalhos são classificados e premiados da seguinte forma:
a) Poesia
Vencedor – Prémio Francisco Guerreiro - 300€
1ª Menção Honrosa - 100€
2ª Menção Honrosa - 100€
b) Prosa
Vencedor – Prémio Francisco Guerreiro - 300€
1ª Menção Honrosa - 100€
2ª Menção Honrosa - 100€
A todos os concorrentes serão entregues diplomas de participação.
Os prémios serão entregues em data, local e hora a definir e a divulgar pela Junta de Freguesia.
Artigo 7.º
Aceitação das condições
Os concorrentes ao entregarem os trabalhos aderem às condições presentes neste regulamento.
Os trabalhos entregues em candidatura ficam na posse da Junta de Freguesia e são passíveis de exposição ou eventual publicação.
Só podem ser submetidos a concurso trabalhos inéditos, pelo que qualquer indício de plágio será punível com a desqualificação do texto.
Todos os casos omissos neste regulamento serão apreciados e ponderados pela Junta de Freguesia em articulação com o respectivo júri.

Enviado por Custódio Moreno

sábado, 29 de agosto de 2009

4 anos de vida

Foto - Pechanense

Em tempo de férias retemperadoras em parte incerta, daqui do meu humilde aposento em velocidade limitada, os meus parabéns pelos 4 anos do Pechanense, um blog que leio com gosto, pela inteligência e sentido crítico com que é redigido.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Nova vida

Nuno Miguel – Bandolim / Emeliano Silva – Acordeão /João Norte - Guitarra

Não só os Pauliteiros ganharam vida nova, como também o acordeão solitário e monocórdico levou uma injecção de ânimo. A verdade é que coexiste lindamente com a guitarra disciplinada, e o bandolim atrevido, num ritmo, que tem tanto de refrescante, como empolgante. Vestindo nova roupagem, a música marcada pela vivacidade e intensidade adquiriu uma auréola nunca vista, nem ouvida. Estes filhos da Terra, não são músicos de eleição, mas têm o dom - de com toda a simplicidade, fazer com que cada nota nos alegre o coração.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Tradições


Depois de lançar os olhos pelo cartaz da Festa, é óbvio que a Direcção preferiu não correr riscos em termos financeiros, optando por artistas de segunda linha, que garantem um bom espectáculo e uma clara contenção das despesas. O tempo não está para grandes investimentos, e as Câmaras Municipais em espectáculos de Verão encarregam-se de pôr diante dos nossos olhos artistas consagrados, de borla.

O Rancho Folclórico está bem e recomendo-se, mas grande novidade e o ponto alto da noite é sem dúvida os Pauliteiros. Hibernados durante oito anos, regressam numa versão mais madura. Louve-se o seu regresso, e a quem o estimulou. Porque são únicos, são nossos, e fazem parte de nós.

É pena termos perdido a “Dança dos Velhos” que emigrou, e radicou-se definitivamente em Quelfes. O “Combate dos Mouros” reservava-nos um final de Festa apoteótico, que ninguém queria perder. Infelizmente a passagem de testemunho falhou, e apagou-se o fogo que ardia no palco, e nos iluminava a alma.

Tenho uma perna que não me obedece, e teima em dificultar-me a vida. Vamos ver se Domingo se acalma, e dá-me tréguas para poder ir vibrar com os Pauliteiros. A rapaziada está cheia de moral e espero que digam uns versos à moda antiga:


Boa noite meus senhores
Passem todos muito bem
Viva a Festa de Pechão
E até para o ano que vem.

Viva a Festa de Pechão
Viva tudo em geral
Viva S. Bartolomeu
E o Clube Oriental

Foto enviada pelo Danilo - João Nágueta, acérrimo defensor e membro da dança dos velhos.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Festa de Pechão 2009




Domingo - Carlos Granito
Sábado - João Paulo Cavaco
Sexta - Feira - La Plante Mutante

sábado, 15 de agosto de 2009

Faz hoje 40 anos

… e foram três dias inesquecíveis para meio milhão de alminhas ensopadas até aos ossos. Até eu dormia no chão e apanhava aquela chuvada de bom gosto. Mas ainda não perdi a esperança. A máquina do tempo está pronta. Brevemente passará por Pechão, e a Junta de Freguesia seguramente irá fazer uma excursão ao passado. Com paragem no Woodstock de 1969. Quando abrirem as inscrições, espero que avisem com antecedência. Quero ser a primeira.
Mesmo que a Junta recuse a viagem alegando perigosidade do transporte e incógnita no regresso, temos sempre as excursões da Maria João. Embora sugestionados a comprar um colchão, é sempre uma boa alternativa. E o jeitão que vai dar.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

(1979 - 2009) - 30 Anos de Atletismo (Títulos)

João Norte - XI Corta - Mato do Algueirão (1990)

Títulos Nacionais Individuais:
Rui Costa
Filipe Lara Ramos
Mário Madeira
Ana Cabecinha
Sílvia Torres
Joana Matos
Neuza Estrela
Mónica Charneca
Cláudio Estrela
Florival Guela
Joana Matos - (7 medalhas em Campeonatos Nacionais)

Medalhados Nacionais:

João Norte
Daniel Guedes
Paulo Revez
Sandro Ambrioso
Vítor Simões
Cátia Guerreiro
Cristiana Baião
Patrícia Cabanita
Andreia Lopes
João Alves
Cláudio Rodrigues
Pedro Nascimento
José Márcio Lopes
Vera Palma Santos
Mara Daniel
Cláudia Silva
Cristiana Carvalho
Filipa Carmo
Patrícia Soares
João Lopes
Elisabete Alexandre

Ana Cabecinha

Internacionais:
Rui Costa – 1994 (Campeonato Mundo Juniores) – Lisboa
Filipa Lara Ramos – 1995 (Jornadas Europeias da Juventude – Inglaterra
Cláudio Estrela – 1999 (Campeonato do Mundo de Juvenis) – Polónia
Ana Cabecinha – 2001 (Campeonato do Mundo de Juvenis) – Hungria
Rui Correia – 2006 (Encontro Internacional Marcha) – Espanha
*1ª Internacionalização
Internacionais por outros países:
- Sonata Milusauskeite (Pela Lituânia no Mundial de Helsínquia 2005 e Europeu de Gotemburgo 2006)

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Crise não chega a Pechão





“No Hotel "DogSpa", uma casa de férias e relaxamento para cães de Pechão, em Olhão, a crise ainda não fez "check in" e poderá nem nunca fazer, pois a clientela é classe alta.

A directora da unidade de luxo para cães, Sandra Silva admite que este ano ainda "não sentiu muito a crise" e as razões para contornar a crise são sustentadas pela carteira de clientes ser vasta e pelo tipo de cliente se situar na "classe média-alta ou alta".

Nesta unidade hoteleira para cães uma diária ronda os 12 euros e inclui alimentação, desinfecção, música ambiente, passeios ao ar livre e aquecimento na "suite", se estiver frio.”
Observatório do Algarve


Plantado na encosta do Monte Escrivão, bafejado pela beleza da natureza, desfruta de condições ímpares para uma estadia principesca. Quartos ou suites, ar condicionado e room service. Pela manhã, e fim de tarde, ginástica. Corpos obesos transformam-se em manequins esculturais, músculos rígidos e tensos, em flexíveis e relaxados. O conceito do fast food é interdito, privilegiando cozidos e grelhados. Fruta em abundância, leite magro, e bolachas sem sal. Proibido fumar, e tolerância zero às bebidas alcoólicas. Lições de etiqueta para os rafeiros. Jovens esbeltas e bonitas, inspiradas nas Tailandesas, massajam extremosamente, ao som do chilrear dos passarinhos, do zumbido das abelhas do Mestre Costa, e da melodiosa sinfonia das ovelhas do António. Uma quietude saudável, num pequeno éden cravado no pulmão de Pechão. Gostava de ver o meu rafeiro no hotel a comer de faca e garfo. Expulso por indelicadeza. No mínimo.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

C.O.Pechão: 60 anos - 24 Presidentes (14)

Vladimiro Guerreiro
"O Pacificador"

"Solicitou a “Arlapa Maria” algumas informações relevantes da minha passagem pela direcção do COP na qualidade de presidente. Informações, informações, não tenho assim muito de especial ou relevante. No entanto posso contar-lhe uma “estória”, por sinal bastante desagradável, e que, se verificar nela algum interesse, pode-a publicar.

Poucos conhecem este episódio e, desses poucos, alguns até, possivelmente, já o esqueceram. Fui presidente do COP no ano de 1982, numa época difícil e ingrata, com muitos resquícios do período quente do pós 25 de Abril. A minha equipa, bastante heterogénea e muito jovem, procurou, e penso que conseguiu, apesar de tudo, criar uma nova dinâmica nos destinos do COP.

Desse mandato guardo boas e más recordações, mas sobretudo três casos que recordo como se tivessem acontecido ontem. Um, mais pessoal e bastante desagradável, envolvendo membros da direcção; outro bastante caricato e hilariante; finalmente o terceiro, com prejuízo para a colectividade, e que teve tanto de ingénuo como de perverso. É deste último que vos quero falar.
Nesse ano, a Festa de Pechão, foi organizada por uma equipa alargada e multi-facetada, com pessoal do COP e da Comissão de Festas da Paróquia de Pechão. Para além do Sr. Padre, faziam parte da comissão, a direcção do COP, representada pelo presidente e vice-presidente, e mais dois membros da igreja.

Como se devem lembrar (os menos jovens), as mesas e cadeiras eram alugadas. Pagava-se um tanto por cada unidade, ia-mos busca-las à sexta-feira e devolve-las na segunda. Nesse ano resolvemos inovar e investir no futuro. Contactamos o Sr. Manuel Estevão ( já falecido), acertamos o preço e adquirimos material novo, que estaria sempre disponível para a festa, nesse e nos anos seguintes.

A festa, propriamente dita, não correu muito bem. A escolha dos artistas revelou-se inadequada, as entradas insuficientes e até o tempo não ajudou, pelo que, contas feitas, sobrou meia dúzia de escudos.
Foi precisamente nas contas que surgiu a trapalhada. Reunimos a Comissão, o COP pagou isto e mais aquilo, a Igreja pagou aquele outro, falta pagar a fulano e há este dinheiro para repartir. Papéis em cima da mesa, contas à vista, tudo certo, compreendido e aceite pelas partes. Como se costuma dizer “certinho e direitinho!”
Mas também tudo feito na base da confiança e amizade entre as pessoas, não houve documentos, digamos que oficiais, passados e assinados.

Desse encontro de contas resultou que a Comissão Paroquial teria de acertar contas e pagar ao Sr. Manuel Estevão. Nós descansamos sobre o assunto, continuamos o trabalho no clube, mas passados alguns meses, fomos confrontados pelo fornecedor com a falta de pagamento. Explicamos a situação; as suas contas ficaram por conta da Igreja! Bem, de cá para lá e de lá para cá, o certo é que o tempo passava e o homem não via a cor do dinheiro. O assunto virou conversa pública, foi tema de Assembleia Geral do COP e até de homilia na Missa Dominical.
Afinal, de que lado estava a razão? Quem estava equivocado? As contas estavam ou não correctas?

O problema só foi solucionado passados alguns anos. Por iniciativa do Sr. Cesário Brás, na época Presidente da Direcção (ou da Assembleia Geral), houve uma reunião na sede do clube, onde participou ele e outros elementos da direcção, eu, o Sr. Padre e o Sr. Manuel Estevão.

Felizmente para mim e para o clube, já nessa altura tinha por hábito guardar papéis. Lá fui ao baú das velharias e, para que não subsistissem mais dúvidas, voltei a colocar sobre a mesa os rascunhos com as contas e a demonstração dos resultados. Todos viram e puderam confirmar o que, no que me dizia respeito, era óbvio e correcto. O Clube Oriental de Pechão nada devia, pelo contrário, à instituição é que lhe era devido um pedido de desculpas, coisa que, diga-se de passagem, ali mesmo foi feito!
Nunca percebi o porquê da situação nem o seu arrastamento no tempo. Se havia dúvidas porque não vieram ter connosco? Ainda hoje não encontro explicação..."
Vladimiro Guerreiro

E eu, agradecida pela colaboração, encantada pela narrativa, e honrada pela visita. Afinal, são pequenos episódios como este que fazem a história do Clube. Esquecer, é aniquilá-lo, recordar, é dar-lhe vida. Contados na primeira pessoa, ilumina-o.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Mesmo lugar outra realidade

Foto de 1958 enviada pelo Danilo da Quinta

Quando se fala de bancos e jardins, vem-nos à memória este espaço, que podia ter sido uma boa solução. O João Norte foi o primeiro a referi-lo no seu comentário. Provavelmente outros valores se levantaram. Eu continuo a pensar que foi uma oportunidade perdida.

Texto e comentários - Julho de 2007


Em 1958, Pechão, era uma terra calma, que apresentava um quotidiano marcado por uma vivência predominantemente rural. Com um grande desequilibro económico e financeiro.
A serenidade do cão, a controlar a merceeira da Sra. Raminhas. Trânsito praticamente inexistente. A calçada da estrada foi substituída por asfalto. O muro, lugar de descanso e conversa, deu lugar ao parque de estacionamento.

As gémeas palmeiras deliciavam-se com a aragem fresca do tanque, e da horta do José da Quinta. Hoje com mais idade, e mais maleitas, dá-lhes jeito a Farmácia ali ao lado.

As palmeiras perduram no tempo. Esperemos que não apareça nenhum arquitecto iluminado, que as substitua por dois candeeiros contemporâneos, ou por uma obra de arte vanguardista
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