terça-feira, 30 de junho de 2009

30 Anos de Atletismo (O Início)

Foto amavelmente cedida pelo João Norte


Foto amavelmente cedida pelo Paulo Murta
Anuindo a uma sugestão do Prof. Tenazinha, o Vinevaldo Charneca, e o Eduardo Gago Ângelo, foram os impulsionadores deste projecto. O conceito de uma Secção de Atletismo começou a ser moldado em finais de 1978. Tendo ganho consistência e legitimidade em 1979. O Zeca (Custódio Moreno) foi o eleito para liderar e dinamizar a Secção. Visando como factor imediato e prioritário proporcionar aos jovens de Pechão, uma actividade desportiva (nova na Aldeia) como ocupação dos tempos livres.
Foi um Zeca motivado e entusiasmado, que assumiu a liderança do projecto como treinador e coordenador. Foram catorze anos de dedicação e labuta, laureados com títulos, recordes e troféus, mas foi, sobretudo a forma positiva como agitou, e aproximou a juventude do C.O.Pechão. Sendo justamente reconhecido como o grande mentor do Atletismo em Pechão.

Sempre actualizado


O Desempregado

Por estar desempregado
Tive fome e pedi pão;
Toda a gente me escorraçou
E a miséria me obrigou
A ser vadio e ladrão.

Francisco Guerreiro “Rimas Singelas” 1943 – 1954. Imperdível. aqui.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

O elixir da longevidade


O C.O.Pechão completa hoje 60 anos de vida. Na vida de Pechão, e dos pioneiros que ousaram ir além do sonho. A história do Clube é muito mais que: desporto, recreio e cultura. São vidas ligadas umbilicalmente, indissociáveis, uma paixão imensa, que humaniza e enraíza todos os que interiorizam o espírito do Clube. É mais que um gosto ou passatempo. É um sentimento. E é essa paixão que o tem mantido vivo e activo durante tantos anos. É dia de celebrar.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Marcha do C.O.Pechão 2009


Ano após ano ser considerada a melhor, ou estar entre as melhores, não é coincidência, nem obra do acaso. A preparação, e os ensaios da marcha ultrapassam as meras rotinas e obrigações. Muita paixão e emoção, aliado a muito trabalho, empenho, e uma boa dose de criatividade, são os ingredientes que fazem com que a nossa marcha seja considerada uma referência, nos desfiles organizados pela edilidade.

Cada ano contam-nos uma história com grande impacto visual, vida e movimento. A capacidade de nos surpreender eleva-se com um final apoteótico, cheio de surpresas, que nos delicia e encanta. É o toque de Midas, nas mãos, e no talento da família Salero.

Lição de vida

(… - “Somos amigos do seu marido e viemos buscar uns livros que ele nos emprestou”
- “O meu marido não está e eu de livros não percebo nada”
- ”Não faz mal, nós sabemos quais são, só queremos que nos diga onde estão”
- ”Não sei. Venham outro dia quando ele estiver. Aqui, sem o meu marido, não entram!”
E enfrentou-os, firme e decidida. Não sei se por ser de dia, se por a minha mãe falar muito alto e ouvir-se na vizinhança do monte, o certo é que os sujeitos foram embora e, nesse dia, os livros ficaram a salvo. A pouco mais de um metro dos abutres!..)

Embarque aqui rumo à Biblioteca Guerreiro, e delicie-se com a leitura desta magnifica lição de vida, redigida pelo Vladimiro Guerreiro.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Animação de Verão – Pechão 2009


“Uma agenda que conjuga várias manifestações artísticas, culturais e desportivas num espaço privilegiado para o intercâmbio de projectos e experiências, foi apresentada à comunicação social no passado sábado, 6 de Junho, seguida do lançamento do CD “Afectividades” de Rosinda Vargues”…continuar aqui.

A bola e os jovens


Fotos enviados por Osvaldo Granja
Ex. Srs.
A Direcção do Clube Oriental de Pechão vai organizar no âmbito das comemorações do 60º. Aniversariado Clube, um colóquio subordinado ao tema " FUTEBOL NA FORMAÇÃO DOS JOVENS" no próximo dia 24 de Junho pelas 21h30 na sua sede.

O mesmo terá com oradores convidados Manuel Cajuda (treinador do V.Guimarães), Bruno Veríssimo (G.Redes do Olhanense), João Reina (treinador Futsal do C.O.Pechão), Rui Loja (Jogador Futsal do C.O.Pechão) e Carlos Rias (jornalista "A Bola").

Convidamos desde já todos vós para estarem presentes nesta iniciativa e solicitamos a divulgação da mesma.

Melhores Cumprimentos
Vladimiro Sousa (Presidente C.O.Pechão)

terça-feira, 16 de junho de 2009

Serviço público


LISTA DE INDEPENDENTES DE PECHÃO
AUTÁRQUICAS 2009

Caros Conterrâneos,

Faltam menos de quatro meses para eleger novos órgãos autárquicos para a nossa Freguesia.

Ao findar o segundo mandato em que estivemos representados, constatamos que os objectivos propostos pela lista do Partido Socialista foram em grande percentagem esquecidos, dando lugar a uma política de propaganda e de muitas decisões de duvidosos interesses. Tal só foi possível porque na Assembleia de Freguesia há uma maioria absoluta do Partido Socialista que tem uma prática verdadeiramente absolutista.

Uma maioria absoluta que permite que o Executivo omita informações, negue esclarecimentos e até minta em plena Assembleia de Freguesia.
Uma maioria absoluta que aprova as contas sem que dinheiros transferidos sejam aplicados nas rubricas para que foram destinados, nem tão pouco mencionados no relatório de contas.

É esta maioria absoluta que permite que um evento como o “Rock na Ribeira”, que movimenta alguns milhares de euros, não apresente quaisquer contas e que permite que seja negada a fiscalização dos comprovativos de receitas e despesas, após a Lista de Independentes ter feito tal solicitação.

São estes casos e muitos outros que, com a manutenção desta maioria absoluta “socratiana”, são impossíveis de fiscalizar e de desmontar.

Por isto e pelo desenvolvimento da Freguesia é preciso que aqueles que, como nós, pensam que deve haver transparência, aqueles que, como nós, aqui habitam e que gostam desta terra, se façam ouvir e respeitar ao invés de cruzar os braços.

De nada vale no café, na “Arlapa” ou em qualquer outro lugar, lamentarmos a situação da nossa Freguesia. É sim necessário gente nova e nova gente para encontrarmos democraticamente pessoas que dêem uma nova esperança a uma terra anestesiada por cunhas, favores, excursões em tempo de eleições e muito mais.

Aqui lanço o desafio aos “Homens Bomba”, “Maldonados”, “Observadores” e a todos aqueles que, com ou sem partido, queiram participar num projecto de trabalho com transparência e dedicação, sem outro objectivo que não seja o desenvolvimento e bem-estar da população da Freguesia, para nos unirmos e colocarmos as nossas capacidades ao serviço deste povo e deste povoado.

Muito brevemente haverá uma reunião onde democraticamente elaboraremos a lista de candidatos, devendo para tal, todos os interessados e disponíveis em participar, entrar em contacto com o actual eleito à Assembleia de Freguesia, Alcindo Norte.

Saudações Democráticas,
Alcindo Norte

Contactos:
Tlm: 918744342
e-mail: alcindonorte@sapo.pt

segunda-feira, 15 de junho de 2009

C.O.Pechão: 60 anos - 24 Presidentes (10)

Teófilo Nascimento Sousa
“O Lenifico”

Calmo, racional, e tolerante. A interacção com os restantes membros da direcção foi provavelmente um dos factores que contribuiu para um clima de paz e concordância. Nunca caiu no erro de dar muita importância ao que tinha pouca. Apesar do momento conturbado: o PREC, conseguiu isentar o Clube desse processo, conferindo-lhe sabiamente uma posição neutral. Guindou-se por um mandato equilibrado, sem grandes agitações como convinha na altura. Ainda hoje, continua colaborando de uma forma entusiástica com o Rancho Folclórico do C.O.Pechão. Felizmente os anos não lhe esmoreceram a paixão.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Abegoaria do Chico Carpinteiro

Foto - Danilo da Quinta


A propósito do pequeno tesouro que o Rui menciona.

O preto enastra-se por entre o negro da opressão e do obscurantismo. O branco define a ideia de luminosidade e liberdade.
Chico Carpinteiro com indumentária condicente, boina à banda, martelo na mão, ar circunspecto, quase sisudo, exprime o verdadeiro perfil do operário resistente. Símbolo do proletário na sua forma mais genuína.
Alcindo do Vale, jovem de sorriso inocente, revela-se assim, além e aquém, doutras realidades. Um figurante ocasional de um filme dramático.
Mestre Guerreiro, ar calmo, tranquilo, com uma imaculada camisa branca, numa subtil elegância em pose de galã dos anos 50. Assisado, partilha de certo por telepatia segredos e pensamentos intangíveis com o seu camarada Chico.

Foto datada de 1954, época de repressão, caracterizada aqui por dois resistentes temerários ao regime vigente de então, e que hoje respeitosamente figuram no altar das nossas memórias.

Editado em Dezembro 2007

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Sete vidas


Não é o que pensam. A estrada da vida, tal como a asfaltada, é uma fonte de perigos e um ancoradouro de imprevistos. No Domingo passado, o meu gato, imprudente, apesar de avisos e sobressaltos, ignorou-os. Confundiu coragem com teimosia, e arrogância com segurança. Enquanto a vizinhança pronunciava este desenlace, ele, no alto da sua soberba censurou-os.

Moro no campo, e os ratos são um flagelo. Já pedi ao Elias um gato honesto, competente, e íntegro. Disse-me que de momento não tem nenhum com essas qualidades. É um espécime em vias de extinção. Aconselhou-me uma ratoeira, e esperar pela aproxima criação.

domingo, 7 de junho de 2009

Também quero


A minha netinha diz-me que é o melhor “Rock da Ribeira” de sempre. (quem é a avó que não acredita nos netos?) Do alto da minha ignorância confesso que não conheço nenhuma banda. Mais uma vez, a voz do futuro explica-me que o meu tempo já passou.

Para quem nasceu antes do Rock, cresceu dançando agarradinha ao som da Orquestra Verde, e fez-se adulta bamboleando as ancas ao ritmo Elvis, não estranhem se avistarem na terça-feira à noite, uma velha batendo o pé ao ritmo de “Coffee Helps”, cantarolar em “ A minha grande culpa” ou abanar o capacete ao som de “Supermodel”.
Já tenho idade para ter juízo? Tenho. Não tenho a noção do ridículo? Tenho. Os velhos têm destas coisas, de repente abandonam o ramerrame diário e avançam contra a corrente.

Sei que vou ser alvo de mexericos e falatório, mas estou-me nas tintas. Ou como diz o Bibi: beijinhos mamã.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Coerente até ao fim


Obrigada Vladimiro por nos revelares facetas menos conhecidas do teu pai. Transcrever o teu texto não é mais que a minha obrigação. Faço o que posso, mas é sempre pouco.

“Ah!, Vladimiro, nunca pensei que a velhice custasse tanto!”

Era desta forma que o meu pai manifestava o seu desencanto e angústia perante o avanço da idade e das maleitas a ela associadas.

Todos os dias ia visitar os meus velhotes, uma, duas ou três vezes, mas pelo menos ao fim do dia, era certo e sabido que nos encontrávamos para um pouco de conversa, mais de política e cultura geral com o meu pai, sobretudo da vida e labuta diária com a minha mãe. Um pouco de conversa e um jornal. Eu comprava-o de manhã, às vezes lia apenas os cabeçalhos e ao fim do dia passava-o para ele, numa cumplicidade rotineira ao longo de muitos anos. Quando o meu pai ia até Olhão, normalmente um dia por semana, para fazer algumas compras e conversar um pouco com os seus amigos da cidade, comprava ele o jornal (ou ofereciam-lhe, como era o caso do “Brisas do Sul”) e eu lia-o na noite.

Ao longo destes anos, pelas nossas mãos passaram muitos títulos, com maior assiduidade para o “Diário”, “Diário de Notícias”, “Público”, “Expresso” e “Avante”, um dia um, outro dia outro, mas sempre notícias frescas para ler e comentar.

O meu pai sabia ler e escrever bem, mas muito melhor sabia interpretar o que vinha nas entrelinhas, uma aprendizagem feita ao longo de muitos anos da ditadura fascista, nas páginas do “República”, “Diário de Lisboa” e no clandestino “Avante”. Às vezes ficava aborrecido e revoltado com as notícias, comentários e um certo tipo de jornalismo subserviente, parcial e balofo dos grandes meios de comunicação social.

“Ah!, Vladimiro, não basta ser velho se não ainda ter de aturar tanta mediocridade. Dá-me vontade pregar com isto tudo no lixo!”

Mas no outro dia voltava de novo aos jornais e aos recortes dos artigos mais interessantes, às vezes com anotações feitas nas margens do papel. O apelo daquelas folhas era mais forte do que a sua desilusão e amargura…

Tudo isto durou até pouco tempo antes da sua morte, apenas nos últimos quatro ou cinco dias dispensou a leitura dos jornais. O meu pai manteve-se perfeitamente consciente da sua situação até à partida para a última viagem, inclusive foi pelo seu próprio pé, amparado no meu ombro, para a ambulância que o transportou até ao hospital de Faro, onde terminou a sua vida perto das oito horas do dia 17 de Março de 2004. Falei com ele pela última vez às vinte e duas horas do dia anterior, estava calmo e consciente. Lembro-me que tinha os pés muito frios, a minha cunhada Isabel, que me acompanhou e possibilitou a visita, foi buscar uma pequena manta e embrulhou-a nos membros inferiores. Despediu-se de mim com um aperto de mão. Deve ter sido o seu último acto afectuoso!

Para além dos livros, moedas, documentos, apontamentos e poemas inéditos, esses recortes dos jornais, fazem parte do espólio que agora irá ficar disponível na internet, mais propriamente na Biblioteca Guerreiro, um trabalho dedicado, muito bem elaborado e sentido do seu neto mais novo, do meu filho Rui Guerreiro.

“Vladimiro, isto está quase no fim!”

É verdade, parece que ainda ouço estas palavras. O meu pai, o grande Francisco Guerreiro, manteve o discernimento e a consciência até ao fim dos seus dias. Mas também a determinação, o porte, as convicções e os ideais. Como ele estaria orgulhoso com esta iniciativa do seu neto!

Vladimiro Guerreiro

Texto e foto directamente da Biblioteca Guerreiro, ao seu dispor aqui.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

1º Passeio BTT

Clique na imagem para ampliar

Pelo que consta, o meu humilde aposento à beira mato plantado, está na rota do percurso. O que muito me apraz. Vou ter que prender o rafeiro, não vá ele confundir alguma perna bem torneada com uma apetitosa febra. Em caso de súbito cansaço, ou ataque de secura, tenho disponível uma enfusa com água fresquinha e o respectivo cucharro. Na contingência de algum trambolhão, (cruzes canhoto) também se arranja um pouco de gelo. Bom passeio, e força nas canetas.

Para participar levante o rabo do selim, e sprint até aqui.
Dúvidas, perguntas e respostas deixe de pedalar e encoste aqui.